Para cuidar da visão

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Pele em excesso e as bolsas que se formam sob as pálpebras deixam a pessoa com aparência cansada, e até mesmo envelhecida. Além de ser um incômodo estético, estes problemas podem atrapalhar a visão. Uma solução pode ser a cirurgia de pálpebra, chamada de Blefaroplastia, que corrige problemas estéticos e funcionais, realizada por oftalmologista com treinamento específico em plástica ocular.
“Essa história de plástica ocular nasceu na Segunda Guerra Mundial, quando um cirurgião oftalmologista inglês criou essa especialidade trabalhando com feridos de guerra. Ou seja, não é uma coisa nova”, explica o Dr. Mauro Rabinovitch, médico oftalmologista do Hospital Israelita Albert Einstein e da Clínica da Visão, em Pinheiros.
Outros casos de cirurgia estética oftalmológica são a ocidentalização e a orientalização. Para os asiáticos, uma modificação da técnica de Blefaroplastia pode criar um vinco na pálpebra que se aproximará levemente de uma ocidentalização, mas não apagará a evidência da herança étnica ou racial. Ou seja, não pode transformar uma pessoa com traços orientais em uma pessoa com traços ocidentais. “A cirurgia é indicada dependendo do que o paciente deseja”, diz Dr. Mauro. Ele tem observado que os homens, na faixa de 45 a 50 anos, que estão disputando o mercado de trabalho, e querem melhorar a sua aparência, têm procurado bastante este tipo de cirurgia. “Não para ficar mais bonito ou mais jovem, mas para parecer mais ativo, menos cansado. Muitas vezes o que dá aquele aspecto cansado são as bolsas embaixo da pálpebra, olheiras ou a pálpebra caída”.
Outras cirurgias oftalmológicas são as refrativas, aquelas que visam mudar a refração, o grau de óculos no paciente. “Na área da Presbiopia tem muita coisa que ainda está em pesquisa, desde procedimentos feitos à laser, até procedimentos com radiofrequência para pacientes que só precisam de óculos para perto. Por exemplo, numa (simples) cirurgia de miopia, pegamos uma paciente que tenha na faixa de 40 anos, e tenha até três graus de miopia em cada olho. Ao operar os dois olhos dela, provavelmente, em seguida, ela precisará de óculos para perto. Se testarmos antes a possibilidade de operar só um olho e a paciente, fazendo uma simulação disso com a lente de contato, se sentir satisfeita, vai enxergar com um olho para longe e o outro para perto. É o que chamamos de monovisão. Em alguns casos isso é bastante possível. Da mesma forma, podemos tentar, com o laser, esculpir a córnea do paciente criando essas condições de deixar um olho focalizado para perto e o outro para longe. Como enxergamos com o cérebro, ele se encarrega de arrumar a imagem fora de foco”, explica.
Dr. Mauro ainda acrescenta que hoje em dia não se opera somente miopia, astigmatismo ou hipermetropia. É possível programar o laser para tratar cada paciente, ou seja, cada caso específico. “É o que chamamos de cirurgia customizada. A informação é transferida de um pen drive dos aparelhos que mapeam os detalhes e aberrações que a córnea possa ter para o laser. É totalmente personalizada. A vantagem desta cirurgia é fazer uma regularização da superfície da córnea para tentar dar uma visão de melhor qualidade à pessoa, principalmente em graus mais irregulares”.
Quanto à cirurgia de catarata, Dr. Mauro diz que não é usado laser, e sim um aparelho de micro fragmentação e aspiração chamado Faco-emulsificador. “Hoje em dia, temos lentes muito bem desenvolvidas que podemos introduzir no olho através de injetores, usando a mesma incisão mínima da cirurgia. Isso pode ser feito com anestesia local, com o paciente totalmente acordado, e em tempo curto”.
A oftalmologia é uma especialidade que se desenvolveu muito e há várias alternativas para problemas estéticos e funcionais. Consulte um médico e descubra qual se adapta melhor ao seu caso.

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