Controlando as alergias

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Estamos na primavera, época propícia para que alguns tipos de alergia se tornem mais freqüentes. A alergia é uma doença que afeta um grande número de pessoas em todo o mundo e, ao se conhecer suas formas mais comuns, os seus agentes causadores, você poderá mantê-la sob controle.
A manifestação da alergia se dá de várias formas, dependendo dos fatores desencadeantes e da sensibilidade de cada pessoa. A alergia pode afetar o sistema respiratório ou o dermatológico.
Vários sintomas podem indicar o surgimento de um tipo de alergia. Quando se trata de uma rinite alérgica, por exemplo, há espirros, coceiras, coriza, dores de cabeça, entre muitos outros. A possibilidade de se ter essa alergia nos grandes centros é maior por causa da poeira e da poluição que circulam sem encontrar muita resistência. “A rinite alérgica pode causar uma série de alterações no organismo da criança, como diminuição da acuidade auditiva, podendo fazer com que ela se torne um respirador bucal com alterações na linguagem. Pode causar também irritação constante na garganta e alterações na arcada dentária”, explica a médica Rosângela R. B. Grinspun, acrescentando que “foi comprovado que 60% das crianças que fazem tratamento ortodôntico têm rinite alérgica”.
Outro tipo de alergia respiratória é a asma brônquica: tosse, falta de ar, respiração curta e chiado no peito podem ser sintomas dessa doença e os agentes causadores são poeira doméstica, epitélio de animais, cigarro, incenso, perfume, produtos de limpeza, bem como alguns medicamentos, que podem desencadear o processo.

Dermatite

Mas, outras fontes podem causar alergia, como alimentação, o ar e, às vezes, o simples contato com certos objetos. É preciso ficar claro que uma determinada substância pode estimular a alergia em um indivíduo, não causando o mesmo processo em outra pessoa.
Um tipo de alergia bastante conhecida é a dermatite de contato. Segundo estudiosos do assunto, a dermatite afeta de 3 a 4% da população adulta, constituindo 10% das consultas dermatológicas, sendo que a incidência varia de país para país de acordo com o grau de industrialização, costumes, entre outros. Esta alergia ocorre através do contato do material alergênico com a pele ou mucosa. Como exemplo, há pessoas alérgicas ao esmalte, com comprometimento da pele das pálpebras, face e pescoço; e também ao níquel, encontrado em botões, moedas e bijuterias.
Outra alergia que vem aumentando de freqüência é a alergia ao látex, encontrado em luvas usadas por donas de casa e profissionais da área da saúde, além de bexigas de aniversário. Este tipo de alergia pode causar reação cruzada a algumas frutas, ou seja, quando a criança ingere banana, kiwi, abacate, maracujá, manga, abacaxi ou mamão, o sistema imunológico reage também a essas substâncias. É importante acrescentar que a alergia a picadas de insetos é uma das que pode se tornar mais freqüente a partir dessa época do ano, pois as pessoas tendem a ficar mais em espaços abertos, ao ar livre.
Os olhos também são acometidos por alergia quando entram em contato com certas substâncias presentes no ar. Os sintomas são coceira, olho vermelho e lacrimejamento. E também há certos alimentos que podem sensibilizar o sistema digestivo, causando alergia, como leite de vaca, amendoim, carne de porco, camarões, mariscos, chocolates e condimentos. Os indivíduos podem apresentar sintomas como vômitos, cólicas ou diarréia e, nos lactentes, o déficit de desenvolvimento físico pode ser uma das manifestações.

Prevenção

“A melhor maneira de se prevenir a alergia começa dentro de casa e uma parceria entre médico e paciente se torna importante”, salienta o médico Frederico B. Grinspun. Um ambiente limpo, livre de poeira, bem arejado, onde não há fumantes, pode ajudar a prevenir uma série de alergias.
Para o tratamento é necessário identificar a causa e manter, quando possível, o paciente longe da mesma. Hoje em dia existem testes para identificação dos agentes causais, medicamentos apropriados para cada caso, bem como tratamento dessensibilizante (vacinas) para alguns desencadeantes. Seguindo estes conselhos ocorre a melhora significativa do quadro alérgico e da qualidade de vida do paciente.
Por isso, fique atento aos sintomas e na dúvida procure seu médico. Ele poderá lhe ajudar a identificar as causas de uma possível alergia e auxiliá-lo no tratamento.

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