Por um trânsito mais humano

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A faixa marca o local do acidente

Na madrugada do dia 23 de julho, na altura do número 600 da Rua Natingui, um Land Rover guiado pela nutricionista Gabriella Guerreiro, 28 anos, perdeu a direção, bateu em um muro, capotou e atropelou o administrador Vitor Gurman, 24 anos, que estava na calçada voltando para sua casa na Vila Madalena, depois de sair de uma festa.
Vitor foi levado a Unidade de Terapia Intensiva do Hospital das Clínicas e faleceu no dia 28 de julho. Os amigos de Vitor resolveram dar um basta a esta situação de violência no trânsito e criaram o Movimento Viva Vitão.
Ivan Arcuschin, publicitário, ator e amigo de infância do Vitão, conta que a ideia de fazer algo surgiu durante uma oração no hospital. “Além de homenagear a memória do amigo, o Viva Vitão quer conscientizar os motoristas sobre o respeito ao pedestre de forma geral e evitar que outras mortes, como a do Vitão, aconteçam”.
Com o lema “não espere perder um amigo para mudar a sua atitude no trânsito”, o grupo tem realizado caminhadas silenciosas como a que foi promovida pelas ruas da Vila Madalena dias após o falecimento do amigo.  “Cerca de 800 pessoas estiveram presentes. Nós, os amigos, parentes e gente que não conhecia o Vitor mas se solidarizou com a nossa causa”.
Panfletagem em cruzamentos da cidade, como o da Avenida Paulista com a Rua Augusta, também serviram para que o grupo pudesse divulgar o movimento e conscientizar os motoristas para não ingerir álcool se dirigir e respeitar a velocidade no trânsito.
Ivan diz que o Viva Vitão “não busca vingança mas sim conscientizar os motoristas, exigir leis mais eficientes e que os culpados sejam punidos exemplarmente”. Para isso, eles estão se mobilizando com os legisladores.
Um grupo de ciclistas escreveu em uma das faixas da Rua Natingui, onde aconteceu o acidente, “foi homicídio culposo”, em letras garrafais.
Vitor Gurman, era administrador de empresas e professor da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing). Tinha um envolvimento com trabalhos voluntários. “Não se metia em briga e sempre foi muito consciente em suas ações”, diz Ivan. Até o Corinthians (que o Vitor era torcedor fanático), aderiu a causa e entrou com uma faixa do movimento em uma partida.
Para acompanhar e participar, acesse o site www.vivavitao.com.br onde está toda a programação do Movimento Viva Vitão que busca a paz no trânsito.

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