Saia dançando

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O público da Vila Madalena que freqüenta casas noturnas já percebeu o crescimento de um estilo musical muito comum nas noites européias e americanas: a black music. Há pouco tempo o som que imperava nas pick-ups paulistanas era a música eletrônica que, embora ainda com seguidores fiéis, vem dividindo a preferência nas pistas de dança com o ritmo do rap, hip hop, soul e até samba rock, criado aqui mesmo no Brasil por Jorge Ben Jor nos anos 1960.
Uma das mais tradicionais casas de black music da Vila é o Dolores, que há oito anos agita as noites de sexta e sábado. “O Dolores surgiu em uma época que para ouvir música black tinha que ir para a periferia. Foi um projeto audacioso que deu certo”, recorda a proprietária Catarine Teles, enfatizando que grande parte dos DJs que estão no mercado hoje já passaram pelo Dolores. Atualmente quem faz a discotecagem da casa é o próprio filho de Catarine o DJ Speedy que seleciona o melhor da black music: Nelly Murphy Lee, Eve, Fat Joe, Don Carlito, Já Rull e Usher. Além, é claro, dos clássicos James Brown, Marvin Gaye, Stevie Wonder, The Supremes e outros.
No Urbano Club a semana já começa bem. Há cinco anos, às segundas-feiras, acontece a Jam Suburbana onde o maestro e trombonista Bocato, Reginaldo 16 (trompete), Jean Arnoult (sax), Jota Jota (baixo), C. Tchernev (bareria), Marquinhos Aflalo (percussão), Jean Trad (guitarra), Marcelo Lima (teclado) e Lino Crizz (voz) fazem um repertório com muita black music, soul, funk e jazz, nacional e internacional, dos anos 1950 até a atualidade. Nestas noites, não é raro, subirem ao palco para dar uma canja convidados ilustres. Uma jam bem inusitada foi durante o show do Simoninha que dividiu o palco com Maria Rita, Zélia Duncan e Ed Mota! No Urbano tem dessas coisas, inclusive batalha de MCs com DJs convidados às sextas-feiras. Na pista o som do momento: black music. “Não temos nada contra a massificação da música black. Este estilo é muito mais rico culturalmente do que outros gêneros já desgastados”, dizem unissonos os sócios Marcelo Bassarani e Mark James.
Outra casa noturna da região ideal para cair no swing é o Blen Blen. Sexta é para dançar ao som da banda Farufyno que cativa o público e estende a noite com o melhor do samba rock, swing e gafieira. A casa abre com show dos Heart Breakers. Sábado é a vez do Blen Blen Black, que segue a mesma discotecagem com grooves de primeira. Escolha a sua programação e caia no swing!

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