Remar pra frente

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GVM NOV21

Vocês já sabem que não gosto de olhar pra trás. Mesmo porque sempre tropeço nos queridos amigos que se foram, ou simplesmente desapareceram, o que não é agradável. Mas diante das dificuldades dos dias de hoje, crise econômica e política, pandemia e violência, é inevitável restaurar a máxima; Eu era feliz e não sabia. Claro que é um reflexo da situação vivida, logo recupero a consciência e começo a pensar um caminho.

O sinal importante é o fato de não ter morrido ninguém de covid nessas últimas vinte e quatro horas em São Paulo. Parece incrível que tenhamos chegado a essa marca. Vislumbramos, enfim, uma luz no fim do túnel. E isso é possível constatar porque vemos os amigos se visitando. Os bares aumentando sua frequência. As mesas de dominó rolando. Me chama a atenção o dr. Celta: “Ninguém tem grana”. É verdade, digo. Mas o ânimo da turma gerado pelos reencontros será capaz de enfrentar o problema econômico-político com mais força.

O calendário também ajuda. Estamos chegando as festas de fim de ano. O bom velhinho inspira as confraternizações até de quem o odeia, como é o caso de Dudu Brandão, que sequer entra em loja que mantenha sua foto na vitrine. Porém esse é um caso excepcional. O geral é que todos queremos remar pra frente. Derrotando esse imenso buraco que nos meteram.

José Luiz de França Penna, Presidente de honras do Centro Cultural Vila Madalena

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