Penna — Chamada geral

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GVM MAIO22

De repente deixamos o entendimento para vivenciarmos o conflito. Todos passamos do ponto. O que é pior, cada um com sua opinião sem o propósito do convencimento de quem quer que seja. Alguns dizem ser o aparecimento das mídias sociais a causadora deste fenômeno. Outros a entrada de fatores novos como racismo, feminismo e homofobia, por exemplo. Não tenho muita certeza de nada. O fato é que estamos vivendo um momento difícil.

O que vamos fazer como tratamento pra essa enfermidade é a pergunta que não quer calar. Consulto meus oráculos de sempre. O doutor Celta, pragmático radical; “lugar onde falta pão todo mundo briga e ninguém tem razão”. Será que é só isso? Já o Edmundo diz que a internacionalização do capital e a consequente concentração de renda fez o mundo abandonar a própria sorte os estados nacionais. É profunda como sempre sua análise, mas fico pensando se isso é capaz de explicar esse ódio estabelecido entre nós, gerando violência, insatisfação.

Claro que a pandemia tem muita colaboração nisso tudo. Dois anos de apreensão e isolamento, só vamos medir quando tiver passado totalmente o Covid. Mas temos que nos preparar para refazermos o caminho do entendimento. Voltarmos a ter alegria de ficarmos juntos. Chamar as nossas festas, nosso convívio, como antes tivemos. Escalar o mineiro como maestro da charanga, para um desfile de chamada geral.

José Luiz de França Penna, Presidente de Honra do Centro Cultural Vila Madalena

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