Penna — Recordar não é viver!

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GVM ABR22

Estes dias ao passar na farmácia encontrei o amigo Pedro Costa, também colaborador deste Guia da Vila. E ele com o seu refinado humor fez um comentário demolidor. Antigamente a gente se encontrava nos bares da vida e hoje estamos aqui entre remédios. Pois é. Disse eu, com inevitável desconforto.

Tenho falado aqui com vocês das minhas dificuldades com as diversas frentes da modernidade, mas luto sempre para chegar perto de tudo. Porque o contrário disso é ficar contabilizando as loucuras das transformações do mundo e a sua própria.

Penso que estar comprometido com o presente e discutir as saídas para um futuro melhor deve ser o elixir de uma vida saudável. Um envelhecimento sem melancolia. É claro que a situação da sociedade hoje não nos dá trégua, por isso mesmo precisamos intervir mais.

Mas não posso deixar de rir muito da presença de espírito do Pedro. A circunstância em que nos encontramos naquele ambiente de farmácia, revela sua inteligência. Sua fé na vida. E não tem nada de saudosismo. Ele também sabe que recordar não é viver.

José Luiz de França Penna, Presidente de Honra do Centro Cultural Vila Madalena,

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