Papai Noel mora na Vila

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Em dezembro a agenda de um certo Papai Noel da Vila fica cheia. Ele não reclama, pelo contrário, faz isso com muita alegria e entusiasmo. O nome dele é Oswaldo Oliva, que mora na Vila Madalena há 35 anos e faz trabalho voluntário no Instituto do Coração (Incor) desde 2004.
“Nesta época tenho muito trabalho, mas me dá um prazer enorme”, conta ele entusiasmado quando relata as clínicas e enfermarias que visita entregando presentes e a visita que faz a cada paciente.
Tudo começou quando um problema no seu coração o levou até o Incor. Durante o tratamento, ele conheceu o trabalho dos voluntários da Associação dos Amigos do Coração do Incor. Assim que pode, se engajou como voluntário.
O trabalho dele e dos colegas voluntários é orientar, informar, amparar e dar conforto aos familiares dos pacientes do Incor. Lembra que “não importa o nível social, as famílias ficam desestruturadas nesta situação”.
Oswaldo tinha uma fábrica de máquinas para pipocas e algodão-doce que funcionou por 94 anos, herdada do avô e do pai. Devido aos problemas cardíacos, precisou fechar a empresa e para não ficar parado foi servir ao próximo.
O convite para ser Papai Noel surgiu meio ao acaso. “Contratamos um sujeito para fazer o Papai Noel no Incor e o sujeito chegou alterado. Como isso poderia comprometer nosso trabalho e o nome da associação, me ofereci para ser o Papai Noel. Desde então não parei mais, pelo contrário, sempre tem um novo convite e eu vou com o maior prazer”. Lembra que faz apenas apresentações beneficentes.
Para ficar mais confortável, bolou uma roupa tropicalizada: bermuda, óculos de sol e sandálias bem confortáveis. “Os olhos azuis e a barriga proeminente são autenticas”, avisa.
Casado com Ana Lucia, que também é voluntária Hospital das Clínicas, o casal tem três filhas que lhe deram duas netinhas. Para uma delas, Oswaldo se apresenta no dia 16 na Escola Esquilinho, na Vila Madalena, onde a neta estuda.
Além do Natal, ele e os colegas também fazem ações para os pacientes nos Dia das Mães, das Crianças, dos Pais e arrecadam donativos e promovem bazares para gerar receita para a associação.
Um exemplo que solidariedade  a ser seguido.

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