O planeta nunca esteve tão obeso. Dados de vários países, incluindo o Brasil, mostram que a população vem aumentando não só em número mas também em peso, graças a dietas ricas em calorias unidas ao sedentarismo. E para tentar combater esse mal, quase todo dia surge uma nova dieta mirabolante que nunca funciona a longo prazo.
“Há um fundamento que nós não consideramos quando falamos de alimentação, de que as farinhas são ricas especificamente em glicose, por exemplo”, explica o Dr. Efren Lopez Munoz, médico especialista em distúrbios metabólicos. Por isso você tem que saber não só o que você come, mas como esse alimento age dentro de você. Quer entender melhor? A mistura de alimentos ricos em glicose com gorduras animais e vegetais pode ser uma combinação bastante perigosa, já que essa mistura ocasiona a formação de gordura.
“Temos uma cultura de que o carboidrato é farinha. E você não costuma colocar as frutas, verduras e legumes. Quando se fala de verduras e legumes, se fala de fibras, mas você esquece que são carboidratos. E quando falamos de frutas, falamos só das vitaminas”, ele completa. E mais, além de pães e outros doces, todo alimento que você tenha condição de produzir farinha é também carboidrato.
E como isso faz seu corpo funcionar? “A célula viva humana só se alimenta de glicose. Todos os açúcares que você come, os que não são glicose, o fígado transforma em glicose. E tudo é transportado pela insulina”, diz ele. Com o excesso de glicose sendo transportada pelo corpo, chega uma hora que as células já estão saturadas. E consequentemente começa o aumento da produção de gordura. Os alimentos ricos em glicose precisam ser evitados porque eles ativam esse sistema muito rápido, o que faz com que essa saturação também ocorra mais rapidamente.
“Parto do princípio de educação alimentar em que o paciente conheça onde estão esses elementos e de que forma nos devemos evitar para inibir a formação da gordura”, ele completa. Durante as consultas, ele explica a seus pacientes mais detalhadamente esse conceito e a partir daí faz um acompanhamento a cada 15 dias. E claro que, junto a isso, o exercício físico é fundamental. “É nas pequenas coisas culturais, que não demandam um esforço excessivo, que não demandam uma dieta restritiva. Agora, claro que você precisa que o paciente queira”, ele finaliza.