Ano vinte. O guia caminha serelepe.

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Tudo que vem de uma necessidade real está fadado ao sucesso. Já tínhamos projetado as bases do que seria a Vila e faltava um veículo de comunicação que informasse as diversas iniciativas em atividade no bairro. Existiu um jornal que fez a prospecção dessa carência. Lembro bem o dia em que o jornalista Kazu chegou a minha casa com caderno espiral e uma caneta Bic a me perguntar sobre “Feira da Vila” e movimento “antes que a casa caia” contra a verticalização, entre outros. Era o primeiro contato entre o jornal do bairro, cujo editor era o Bira (Ubirajara Oliveira) e nós. Essa relação ia se solidificando quando uma lufada de burrice afastou toda linha editorial, que atônita foram bater no nosso centro cultural. Desse encontro nasce o compromisso de continuar o trabalho, com uma nova publicação denominada “Guia da Vila Madalena”.

Pronto. Contei aqui o nascedouro de um sucesso editorial, pois ao completar vinte anos, é de inequívoca utilidade e merecedor de toda celebração. Apenas uma vez faltei e a Vera Velozo me socorreu. Isso porque confio no projeto e depois porque é um imenso prazer escrever num veiculo com a penetração que tem. São enormes as respostas do que discuto aqui. Dos assuntos tratados através das intervenções de alguns personagens criados para dar sabor e graça aos temas. Edmundo teórico, Padre Matos chutão, Pinerão sabe tudo, Dr. Celta judicialista e Mineiro. Outro dia me perguntaram se o Mineiro existia. Existe, respondi. Mas não é bem assim. Aliás… todos não são bem assim. É que escrever visita a imaginação com muita força. Mesmo quando se quer falar de uma dificuldade concreta.

O fato é que ao longo desses anos, para muitos, a consulta sobre as mais diversas informações necessárias, desde eventos até onde comer, do tratamento de saúde a compra de roupa, tudo se acha aqui. A refinada escrita de Pedro Costa e as minhas garatujas são complementos. Sim. Porém já detectei várias pessoas que esperam todo mês a revista. Alguns até colecionam. Outros me cobraram uma coletânea. Nos vinte e cinco anos, talvez.

José Luiz de França Penna, Presidente de Honra do Centro Cultural Vila Madalena

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