De portas abertas

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A adolescência é um período marcado por muitas mudanças, não só físicas mas também psicológicas. Nessa época também surgem muitas dúvidas do que está acontecendo, de como agir. Quanto mais informações eles tiverem acesso, melhor eles vão se desenvolver.
A Casa do Adolescente de Pinheiros funciona desde 1994 e mais de 39 mil adolescentes já passaram por lá. O projeto da Secretaria Estadual de Saúde possui diversas casas na capital e em outras cidades de São Paulo. Cada casa possui uma equipe multiprofissional com clínicos, pediatras, ginecologistas, psiquiatras, odontologistas, educadores, entre outros. Todo o atendimento é feito focando na saúde e bem-estar do adolescente.
“Quando trabalhamos com o adolescente, percebe-se que não dá para trabalhar sozinho. É uma fase de vulnerabilidade, de muitas mudanças. Quando você tem múltiplos olhares sobre o adolescente, você tem muito mais chance de estar fazendo um acolhimento mais adequado para ele. E quando você percebe uma situação de mais risco, você consegue fazer uma rede de segurança ao redor dele. Ele vai se sentir protegido”, explica Dra. Joana Maria Shikanai Kerr, médica e coordenadora da unidade Pinheiros.
Além das diversas consultas individuais, os jovens também podem participar de oficinas que estimulam a interatividade. Nas Baladas da Saúde eles passam pelos atendimentos e jovens que tenham uma habilidade artística podem se apresentar. O atendimento não é regionalizado, então pessoas de 10 a 20 anos de toda a cidade podem ser atendidas lá. É preciso levar o cartão de identidade, o cartão do SUS e um comprovante de endereço. O adolescente comparece a uma entrevista e a partir daí ele pode marcar diversos profissionais que ele precise.
Outro serviço interessante é o Disque-Adolescente, que fica disponível para os jovens tirarem suas dúvidas sobre qualquer assunto, tudo de modo sigiloso. “Tentamos sensibilizar nossos profissionais a acolher de forma adequada, a linguagem. Não existe aqui um olhar de crítica ou julgamento sobre o adolescente. Estamos aqui para acolher bem”, diz. “Quando trabalhamos juízo crítico, projeto de vida, autoestima e auto-imagem desse adolescente, temos certeza de que, mesmo que ele tenha problemas, ele vai ter forças para se levantar, se recuperar e continuar a vida dele”, ela completa.

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