Você é o que você come

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Dra. Claudia: cuidados desde cedo

Segundo a Sociedade
Brasileira de Pediatria, só a partir de 3 anos de idade é que se
poderia introduzir fast foods na alimentação. Mas todos sabemos que
está cada dia mais difícil controlar a garotada. E quando não são eles
a pedir, as mamães são as grandes culpadas pela obesidade infantil,
colocando refrigerante na mamadeira, dando comida industrializada cada
dia mais cedo, enfim…
Muitas mães introduzem frituras, doces,
açúcar, refrigerantes precocemente. Até 1 ano a criança deveria se
alimentar de forma mais saudável possível. Após 1 ano, mel e açúcar
podem ser utilizados. “A criança não conhece refrigerante nem
hambúrguer e, se a mãe não os apresenta, a criança não vai ter vontade,
porque tudo isso é hábito”, diz a Dra. Claudia Refinetti, pediatra e
endocrinologista infantil.
Esses maus hábitos podem gerar crianças
obesas. A médica explica que é necessário consultar um médico para
saber se é obesidade. É verificada a proporção entre peso e altura:
“Quando essa proporção está a dois desvios acima do padrão, é
caracterizado obesidade. Vamos supor, se pegar uma criança de 3 anos, a
média de estatura é de 95 cm e, se ela estiver com 20 quilos, está
obesa”.
A criança obesa pode apresentar distúrbios metabólicos, que
são alterações de colesterol, triglicérides, glicemia – distúrbios
estes que podem predispor a diabetes, hipertensão arterial, problemas
circulatórios. “É o adulto jovem predisposto ao enfarte fulminante”,
explica a médica.
A obesidade também está associada à genética: se
um dos pais é obeso, a criança tem 50% de chances de ser obesa, mas, se
os dois pais são obesos, sobe para 70% a incidência de a criança ser
obesa. “A genética é um dos fatores, mas a alimentação e o estilo de
vida contam. A atividade física regular é um dos fatores importantes
tanto para a prevenção como para o tratamento da obesidade”, diz a
endocrinologista.
Dormir mal à noite também influencia na obesidade.
“À noite, produzimos alguns hormônios que ajudam no metabolismo, por
isso a criança tem que dormir cedo, porque os hormônios têm horário
para funcionar”.
Antes de oferecer um alimento industrializado
qualquer ao seu filho, pense no futuro e não no imediatismo do momento.
E lembre-se: antes de tudo ouça os conselhos do seu pediatra.


Dra. Claudia Refinetti
Rua Purpurina, 131, conj. 78, Vila Madalena
Telefone 3813-1023

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