A vida moderna causa um grande estresse. Porém, existem psicoterapias que ajudam às pessoas a recuperar a harmonia, ter um autoconhecimento e tornar a vida melhor em todos os sentidos. Apesar de pouco difundidas, já têm eficácia comprovada. A terapia corporal, através de massagens, técnicas de relaxamento, calatonia e toques sutis é uma delas. A outra é a terapia artística e o sandplay (jogo de areia).
Através da terapia corporal, o paciente se conhece melhor e sem estresse. A psicóloga e terapeuta Gláucia C. B. Rodrigues, formada pela PUC e com especialização em abordagem corporal, com 20 anos de experiência, diz sobre sua técnica: “é uma técnica não-verbal, onde com pequenos e sutis toques nas pontas dos dedos, o paciente fica relaxado e se reorganiza energeticamente”. Foi aluna do Doutor Petho Sandor, médico húngaro que desenvolveu técnicas de relaxamento e que durante a Segunda Guerra Mundial percebeu que ao aplicar massagens em pacientes mutilados, era preciso também massagear o membro “fantasma” para dar equilíbrio. Gláucia afirma que “os pacientes quando conseguem relaxar, criam imagens que ajudam a ele se conhecer melhor”.
O estímulo provocado pela massagem ajuda na circulação sangüínea, para quem precisa estar atento ao problema, como os diabéticos, por exemplo. É utilizada também para liberar o estresse destes tempos agitados em que vivemos.
A sandplay ou jogo de areia baseia-se na psicologia de Carl Jung (1875-1961), psiquiatra suíço, fundador da psicologia analítica. É um método não-verbal e criativo no qual são produzidas cenas em uma caixa de areia usando água e miniaturas. Através da concretização de imagens interiores, desencadeia-se um processo que promove a cura e o desenvolvimento da personalidade.
Quem aplica essa técnica é a psicoterapeuta Alexa B. Leirner, que fez seus estudos no Institute for Arts in Therapy and Education (IATE) em Londres. Em cada sessão, o paciente produz cenas que depois serão interpretadas. O repertório de miniaturas é imenso, com bonequinhos, objetos, casinhas, contas de vidro. Depois de pronta, a cena é fotografada antes de ser desmontada, para posterior análise entre a psicoterapeuta e o paciente. Não há restrições de idade.
Aqui na Vila Madalena, ambas as terapias podem ser feitas, no Espaço Jericó, inaugurado recentemente. Através do projeto “Compartilhando os Cuidados”, oferece diversos atendimentos terapêuticos para profissionais que lidam com populações de risco ou menores infratores, entre outros, e que muitas vezes não têm recursos para um tratamento semelhante.
