A Harley é para sempre

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A marca Harley-Davidson é o ícone de uma geração de motociclistas aficionados por todo o mundo. Tudo começou no longínquo ano de 1903, em Milwauke (EUA), quando Bill Harley e os irmãos Arthur e David Davidson criaram a primeira motocicleta. Nos anos 1950, com Marlon Brando pilotando uma Harley no filme “O Selvagem”, a marca teve um grande impulso ao associar a imagem de rebeldia e liberdade.
Em nosso bairro temos um apaixonado pela marca que tem dois exemplares e também se dedica a fazer manutenção e criar modelos exclusivos, os chamados “choppers”. Mineiro de Três Pontas (MG), Chris Miranda sempre gostou de motos e desde a adolescência andava sobre duas rodas. Ele decidiu partir para a Califórnia em 1993 para estudar Design Gráfico. Dois anos depois, passou a trabalhar com motos e teve treinamento na sede da Harley-Davidson. “A Harley é um estilo de vida, vai além da moto”, afirma Miranda.
Depois do 11 de setembro de 2001, Miranda diz que o mercado norte-americano ficou “estranho e era hora de voltar para casa”. Retornou ao Brasil em 2004 e foi trabalhar com a marca em uma oficina nos Jardins até que achou este espaço e montou a Garage Metallica. “Queria morar no bairro onde iria trabalhar” e a conveniência da Vila Madalena foi ideal.
Miranda atende apenas as motos Harley-Davidson não por preconceito com outras marcas e sim por ter o ferramental específico da marca que difere de outras montadoras. Seus clientes, “98% homens com idade dentre 28 e 38 anos”, têm uma relação de absoluta confiança. Seus fornecedores de peças são americanos. A personalização de uma moto leva uns meses “porque trabalho sozinho e leva tempo”, diz ele. Mas pelo visto o resultado compensa a espera do cliente.
Praticante de skate, é fã da banda Mettalica que homenageou ao dar o nome de sua oficina. Esteve presente em Milwauke no primeiro centenário da marca, em 2003, quando milhares de fãs se reuniram para comemorar.
Para compensar a emissão de poluentes que as motos produzem, ele desenvolveu ações de sustentabilidade em sua oficina. Adaptou a oficina para usar o menos possível de água e de luz, além de reciclar todo o óleo e os pneus que troca das motos.

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