Proteja sua pele do sol

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Verão. Época de muito calor, quando todo mundo quer curtir praia e piscina. Entretanto, é preciso tomar cuidado com o sol, afinal ele é o principal resposável por queimaduras, envelhecimento precoce, manchas e câncer de pele.
A queimadura solar é uma resposta inflamatória da pele em função da agressão sofrida pela exposição à radiação UV. Ela começa por uma leve vermelhidão, que atinge o pico em algumas horas, quando a pele fica quente e bastante dolorida. Para evitar que isso aconteça, além de não se expôr ao sol nos horários em que ele é mais forte, entre 10 e 14h, é preciso usar produtos de proteção solar. “Envelhecimento, manchas e câncer são efeitos cumulativos, resultam da exposição ao sol ao longo dos anos, desde a infância. Por isso, atualmente, dermatologistas em todo o mundo orientam o uso diário de protetor solar, mesmo no inverno e para as pessoas que não tem atividades ao ar livre”, explica Anelisa Baungartner Lamberti, especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia.
A rediação UV se divide em dois tipos: UVA e UVB. A primeira penetra na pele até a derme, sendo resposável pelo bronzeamento duradouro e pelo fotoenvelhecimento. A radiação UVB penetra até a epiderme e causa queimaduras solares e, a longo prazo, câncer de pele. Ambas podem ser bloqueadas pelos fotoprotetores, também divididos em moderadores, protetores e bloqueadores. Os moderadores são aqueles que apresentam fatores de proteção menores que 15. Os protetores têm fatores maiores que 15 e menores que 20. E os bloqueadores solares são os acima de 20. Anelisa acrescenta que todos eles têm a função de filtrar os raios mais nocivos do sol e essa capacidade é mais acentuada quanto maior for o fator de proteção solar. “Usar protetor não significa total liberdade para desfrutar muitas horas sob o sol. É fundamental ter cuidados adicionais, como usar chapéu, óculos escuros com proteção pa retina e respeitar os horários de exposição”. A dermatologista lembra ainda que é preciso reaplicar o protetor sempre que mergulhar ou transpirar excessivamente, mantendo essa rotina a cada 2 horas em média.
Quanto às crianças, o cuidado deve ser redobrado. Os erros mais comuns cometidos pelos pais é deixa-las sob exposição prolongada, não respeitando os horários indicados (entre 8 e 10 horas e a partir das 15 horas), nos quais a incidência dos raios UVB é menor, não passar protetor solar durante exposição solar intensa e expor ao sol crianças com menos de 6 meses. É importante lembrar que se uma pessoa deixar de se expor ao sol depois de anos de exposição, a pele irá se reconstituir parcialmente, mas nunca voltará a ser como antes. Por isso, o uso de proteção solar deve começar na infância e prosseguir ao longo de toda a vida.
Para Anelisa, as pessoas sabem dos malefícios da exposição excessiva ao sol. Há várias campanhas de esclarecimento feitas pela mídia, “porém, ainda existe muito apelo da imagem de que o bronzeado é saudável. Acho fundamental que as campanhas atinjam todas as idades e classes sociais e também considero importante que os produtos com filtro solar se torne mais baratos”.
Portanto, para ter um verão tranquilo, vale seguir algumas dicas: use o FPS adequado para seu tipo de pele, não se exponha tempo demais ao sol, evite o contato com determinados tipos de alimentos que, sob o sol, podem manchar a pele, como o limão e o figo; procure áreas de sombra ou use guarda-sol, tome bastante água e use camisetas leves para evitar insolação. A orientação de um dermatologista é importante principalmente se você tiver hipersensibilidade ao sol, usar medicamentos que possam causar manchar, como anticoncepcionais, ou tiver doenças que pioram com o sol, como o lupus. “Produtos caseiros ou preparados com óleos, como de canela ou urucum, podem causar graves queimaduras e manchas definitivas”, alerta a dermatologista, acrescentando que câmaras de bronzeamento artificial devem ser evitadas, já que há risco comprovado de causarem danos à pele. Fique atento!

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