Galeria com|alma urbana

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Spray Galeria

A Vila Madalena tem a maior concentração de grafites da cidade e muita gente sabe disso. A cada dia surge um novo grafite nos muros, paredes e fachadas do bairro. São desenhos tribais, figurativos, abstratos em formas e cores que moradores e visitantes da Vila têm à disposição e contemplação.
Os artistas que fazem esse tipo de arte muitas vezes são apenas conhecidos pelos trabalho que fazem na rua. Agora eles têm uma galeria voltada para a arte urbana: a Spray Galeria, que abriu suas portas no último dia 7 de abril. O espaço é criação da dupla Ruy Amaral e José de Souza Queiroz, este, um colecionador de arte urbana.
Ruy Amaral é o curador da galeria e é um dos grafiteiros mais conhecidos na cidade. Na galeria, ele expõe seus próprios trabalhos em telas coloridas.  É dele o imenso painel com uma figura risonha e amarela que ocupa uma das laterais do acesso da Avenida Dr. Arnaldo com a Avenida Paulista, que foi pintada em 1980 por ocasião do centenário da avenida e de tempos em tempos ele faz a manutenção de sua obra. Ruy conta que começou a carreira de artista meio por acaso. Cursou artes plásticas na FAAP e sua intenção era ser professor. O envolvimento com outros artistas o levou a grafitar muitos muros pela cidade.
Sobre a galeria ele diz: “A Spray é voltada não só para os artistas grafiteiros mas também para a fotografia e outras formas de arte urbana contemporânea. Queremos mostrar o trabalho desses artistas para um público que procura este tipo de arte”.
A exposição Remédio inaugurou o espaço. Por um mês os trabalhos dos artistas Zé Carratu, Ruy Amaral, Marta Oliveira, Ciro Cozzolino e Carlos Delfino ocuparam este novo endereço da arte urbana. E em meados do próximo mês entram os quadros dos artistas cariocas Bruno, Toz e Piá, que surgiram no cenário artístico na década de 1990.
A Spray tem em seu acervo obras de artistas do grafite que já têm espaço e nome na arte urbana. Entre eles Ozi, Tikka e Julio Barreto. “Nosso acervo está em formação. A nossa galeria pretende, através das exposições, contar a história da arte urbana nestes últimos trinta anos. Queremos tornar o local um ponto de referência da arte que teve Alex Valauri como um dos seus expoentes”.

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