Criador & Criatura

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Bayano: onze anos de Vila

Se essa matéria tivesse um fundo musical seria aquela do Rei Roberto que diz assim: “Eu voltei agora pra ficar, porque aqui é o meu lugar”. Caso fosse um provérbio, seria “O bom filho a casa torna”, mas como não se encaixa em nenhuma das probabilidades citadas, a reportagem dá a notícia no seco, sem delongas: Wilson Alcântara,  o sushiman que virou marca e logotipo quando há treze anos se juntou ao publicitário Gilson Alves de Barros para abrir o Sushi Bayano – o restaurante japonês que ficou com a maior parte dos genes da Vila Madalena – está de volta à parceria que tanto fez sucesso.
A brincadeira de abrir uma casa para atender o público do jeito sonhado acabou virando realidade quando o publicitário fez o convite para o sushiman do restaurante que frequentava. Das voltas que o mundo dá, a parceria entrou no ritmo dessa dança, e um tempo depois a dupla resolveu seguir caminhos diferentes. Foram cinco anos separados, cada um no seu tatame, mas como o que é escrito nas estrelas não se apaga facilmente, o caminho se cruzou novamente e domingo, dia 6 de maio, a dupla comemorou junto dos amigos, fãs e clientes a volta dos empresários do mesmo lado do balcão.
Criador e criatura, como se autodefinem em tom de brincadeira, contaram à reportagem as intenções que povoam as mentes e quem toma a palavra é o Gilson: “a disseminação de restaurantes japoneses atingiu a qualidade da culinária e a nossa intenção é imprimir uma qualidade que sempre fizemos questão de oferecer”.
Experiência há de sobra: são 26 anos gravitando no universo da culinária oriental, conta Bayano, que começou a trabalhar num restaurante japonês em abril de 1983, lavando louça e depois de dois meses foi promovido a cortador de legumes. Com seis meses de casa passou a assistente do sushiman. Depois disso, só restava ir para o Japão, e foi.
A síntese de tudo isso está lá, na esquina considerada como uma das mais simpáticas do bairro, a Aspicuelta com a Harmonia, com inovações, dois tipos de festivais e uma coqueluche que só lá o leitor vai encontrar: o bayaninho, uramaki à base de pimenta, com cinco ingredientes nobres e um segredo não revelado nem para a repórter. Tem que ir lá para descobrir.

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