Saúde bucal dos bichinhos

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Kátia Gomes

É muito comum nos animais, principalmente nos cães, a formação de tártaro que acarretam a perda dos dentes e o desenvolvimento de infecções na boca. Os microorganismos (bactérias), uma vez instalados, ganham a intimidade do corpo atingindo os rins, coração, pulmões e onde mais a baixa resistência e falta de vacinação permitir. Em decorrência do tártaro, pode-se ainda surgir o mau hálito, bastante desagradável ao convívio familiar e motivo de hostilização do animal.
O que fazer então para proteger nossos amiguinhos de tais inconvenientes? O veterinário Paulo Albino Balan responde: “Manter a higiene bucal com escovações diárias dos dentes, já que qualquer tipo de alimentação deixa resíduos que aderem aos dentes, formando as placas bacterianas. Aos poucos elas se mineralizam causando tártaro. A boca é uma porta de entrada para infecções”, diz, continuando: “Também se deve examinar a arcada dentária e, se necessário, eliminar as cáries e tártaros encontrados”.
Para isso, ele implantou um método de limpeza de tártaro bastante eficiente e mais confortável para o animal. Com o uso de um aparelho de ultrassom é possível remover todo tártaro e fazer o polimento dos dentes sem interferir em sua estrutura ou causar dor, evitando futuros transtornos à saúde do bichinho. O procedimento demora cerca de 40 minutos e não requer anestesias, exceto nos casos em que o animal é mais rebelde ou está inquieto. Paulo recomenda que os proprietários não estejam na sala no momento do tratamento. A abordagem deve ser cuidadosa, afinal, o cão ou qualquer outro animal reage por instinto. “Entre um cachorro e uma criança não há diferença no inconsciente. Carinho, respeito e disposição são imprescindíveis a qualquer atividade com os animais de estimação”, conclui o profissional com 37 anos de experiência em veterinária.

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