As flores do bem

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A florista Helena Lunardelli desde 2010 alegra e presenteia com arranjos florais grupos de idosas pela cidade. No dia de entrega dos buquês por ela e as voluntárias do Flor Gentil, é dia de festa.

“Tudo começou”, conta Helena “quando eu organizava eventos e aquele mundo de flores, depois da cerimônia, ia para o lixo. Achava um desperdício e isso me incomodava. Resolvi aproveitar essas flores e transformá-las em buquês para presentear pessoas idosas que moram em asilos e casas de repouso”.
Profissional requisitada em cerimônias e eventos, Helena também é cenógrafa e seu trabalho pode ser visto no programa da Rita Lobo, no canal GNT. Mas pela dedicação que ela dá ao Flor Gentil, diz que sobra pouco tempo para assumir novos trabalhos.
As flores chegam até o projeto graças às parcerias com decoradores, floristas, bufês, que já conhecem o Flor Gentil. Ela explica que “se o dono da festa autoriza a doação, nós retiramos as flores após do evento, que depois passam por uma triagem e se transformam em buquês”. Por mês, ela calcula que são mais de 700 pessoas que recebem o mimo floral, distribuídos entre as 13 instituições cadastradas pelo projeto. “Fazemos um rodízio e todos recebem as flores”.
Na sede do projeto, próxima à Avenida Nazaré Paulista, o Flor Gentil também promove uma oficina de flores para pessoas que queiram trabalhar com elas. “Passamos para essas pessoas todas as informações que temos sobre flores e arranjos. Muitos deles depois acabam trabalhando em floriculturas”. Outra ação que faz é decorar gratuitamente, com flores que recebe em doação, casamentos ou eventos para pessoas sem condições de pagar por esse serviço. “Mas tudo passa por uma avaliação, para ter certeza de que a pessoa não pode pagar”.
Para manter seu instituto, Helena tem parcerias com empresas que a contratam para prestar assessorias e desenvolver esse mesmo trabalho com os funcionários ou a comunidade do entorno.
De sábado até quarta-feira, a sede do Flor Gentil fica toda florida. Segundo Helena, passam de 1.320 cadastrados para ser voluntários, mas cerca de 40 deles vêm semanalmente participar do trabalho. Cecília Dreyfus, moradora da Vila Madalena, é voluntária há oito meses e diz que “criar os arranjos é uma terapia e aqui é ótimo para se conhecer outras pessoas”. 

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