Criança sempre protegida

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Criança sempre protegida

Brincar, pular, correr, conhecer o mundo a sua volta… essas são algumas das atividades preferidas das crianças. Mas é por meio dessas atividades que elas costumam se acidentar, especialmente se não têm a supervisão de um adulto. Ou então pode ser até mesmo por imprudência desses adultos, que dão brinquedos inadequados ou não usam as cadeirinhas para carro, entre outros casos.
Os dados assustam. Segundo o Ministério da Saúde, mais de 5 mil crianças morrem e cerca de 137 mil são hospitalizadas todo o ano por causa de acidentes. Com crianças de 1 a 14 anos, as causas principais são os acidentes de trânsito, afogamentos, sufocações, queimaduras, quedas, intoxicações e acidentes com armas de fogo.
“O que mais acontece são os acidentes em casa. É o que mais causa hospitalização. Mas o que mais mata são os acidentes de trânsito e depois o afogamento”, alerta Alessandra Françoia, coordenadora nacional do Criança Segura, uma ONG que existe em 19 países em todos os continentes do mundo e trabalha com tudo o que envolve a prevenção de acidentes com crianças. Aqui no Brasil, ela existe desde 2001.
O trabalho é feito por meio de políticas públicas nacionais, campanhas publicitárias em todas as mídias e de mobilização, onde formam multiplicadores, dando ferramentas, informações e sensibilizando profissionais que estão em campo normalmente já trabalhando com famílias e crianças para eles desenvolverem ações com as famílias.
“Muitas vezes é uma questão cultural. No Brasil as pessoas não têm a cultura da prevenção e nem do cuidado, muito menos em relação à prevenção de acidentes com crianças. O que temos avaliado em pesquisas com as mães é que muitas vezes esses acidentes domésticos acontecem com a presença delas. E essa é uma das principais informações que a gente passa, que tem que ter um adulto observando atentamente. Então qual é a qualidade desse cuidado, dessa atenção? O que a gente sabe também é que a maioria dos pais acha que o acidente não vai acontecer com seu filho, que isso é uma fatalidade”, ela conta.
Um caso recente, como o da obrigatoriedade do uso da cadeirinha no carro, mostra isso. “Quando começamos a trabalhar, 14% usavam. Agora temos uma média de 70%, antes da fiscalização e da lei. Depois, tivemos 90% do uso, parâmetros como o dos Estados Unidos por exemplo”.
Alessandra dá algumas dicas: a observação constante é uma das principais formas de proteger a criança, mas é importante também adaptar esse ambiente. Para os recém-nascidos, busque ter um berço seguro e utilize equipamentos como os carrinhos e o bebê conforto. Quando ela começar a engatinhar, tire todos os objetos pequenos do chão, cuide das tomadas, produtos químicos, cortantes e pontiagudos. Depois de uma idade, já é importante ir orientando a criança.
Preste atenção na idade adequada que vem indicada nos brinquedos. Os para crianças menores de três anos podem ser colocados na boca. Os brinquedos elétricos são só para crianças maiores de oito anos. E a pilha não pode ser de fácil acesso para a criança. “Os acidentes podem ser evitados. E essa prevenção está ao alcance de qualquer um. Temos condições de proteger nossos filhos dentro de casa, no trânsito. Isso é acessível para a população. Você não precisa sofrer com esse problema para começar a pensar nele”, diz. Prevenir é sempre a melhor solução.

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