Em cartaz, o cartaz!

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Marcelo Pallota, designer gráfico

Você certamente não conhece o autor, mas já deve ter visto dezenas de cartazes feitos por ele. Marcelo Pallotta faz cartazes de filmes de cinema. O mais recente é o do filme “Quanto Dura o Amor?, de Roberto Moreira.
Ele, que quase se formou em Artes Plásticas na FAAP, sempre gostou de cinema (“Acho que o cinema influencia toda a sociedade”, diz ele), começou a criar cartazes em 1996 e não parou mais. “Meu primeiro cartaz foi para ‘Os Matadores’, de Beto Brant, diretor do filme e amigo meu”, lembra. Já são mais de 40 longas: “À Deriva” (Heitor Dhalia), “Diários de Motocicleta” (Walter Salles), “O Invasor (Beto Brant)”, “O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias” (Cao Hamburger), “Chega de Saudade” (Laís Bodanzky), “O Passado” e “Carandiru” (Hector Babenco), “Cidade de Deus” (Fernando Meirelles), entre os mais famosos. Durante o processo de criação do cartaz, ele assiste algumas cenas das filmagens, conversa com várias pessoas da produção e sempre conta com a ajuda do diretor do filme: “O trabalho é sempre a quatro mãos”, lembra. Ele chega a selecionar centenas de imagens para poder criar algo impactante, que realmente faça as pessoas irem ao cinema. Indagado sobre qual seu melhor trabalho, ele responde: “Sempre digo que o melhor trabalho é o próximo. Isso pode parecer demagogo, mas na realidade é uma questão de envolvimento. Sempre estou 100% nos projetos, é uma relação sempre emocional”.
Vários projetos de key-art (como são chamados os cartazes) de Marcelo foram exportados, como “Cidade dos Deus”, “O Passado” e “À Deriva”, para citar alguns.
Em 2005, ele se associou a Eduardo Rosemback e juntos fundaram a agência Moovie, especializada em marketing de cinema, que fica na Vila Madalena. “O bairro foi uma ótima opção, porque une serviço e lazer. E é sempre bom poder sair a pé para almoçar… principalmente depois de passar tantos anos sendo obrigado a almoçar em shoppings fechados”, revela o artista.
Além do trabalho de criação, Marcelo pertence a um coletivo de fotografia, o sx70, voltado para pesquisa de linguagem e também para o mercado de artes.

mpallotta@moovie.com.br

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