Viagens com animais

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Quem quer viajar com cães e gatos para outro estado, tome as devidas providências legais pra não arriscar a vida e o bem-estar dos seus bichos. Há documentos legalmente obrigatórios que devem ser apresentados à Polícia Rodoviária. Além do que, dono e motorista podem pagar multa (infração grave) por transportar animais indevidamente. O Código de Trânsito proíbe o transporte de pessoas ou animais em caçambas sem autorização. Por avião, as próprias empresas se encarregam de exigir as caixas plásticas com frente gradeada – para ventilação e respiração – além de fechadura segura.
As caixas de transporte, devidamente imobilizadas, impedem que os animais se machuquem com o movimento do carro, caminhão ou aeronave; que o restante da carga seja preservado; e que o próprio meio de transporte não se suje com dejetos indesejáveis.
Documentos necessários para viagem interestadual:
1) Carteira de Vacina do animal constando a aplicação da anti-rábica pela Prefeitura ou veterinário (aplicação também da V-8 ou V-10 é altamente recomendável).
2) Guia de Trânsito Animal (GTA): válida para apenas 3 dias. Antes, o animal tem que passar por um veterinário para que ele forneça um laudo sobre a saúde do bicho. De posse do laudo, o dono deve dirigir-se à Secretaria da Agricultura (em S. Paulo, à rua Ministro Godói, 310, Perdizes) para obter o GTA. E levar seus próprios documentos como RG e CPF. O GTA pode ser obtido também através de um veterinário credenciado pelo Ministério da Agricultura. A lista destes credenciados encontra-se através dos telefones 3251.5742 ou 3251.0400; ou no Serviço de Sanidade Animal, rua 13 de Maio, 1558, 3° andar.
Sem a “Guia de Trânsito” os animais podem ser apreendidos e destinados ao CCZ (“carrocinha”) mais próximo. Lembro aqui que poucas cidades do Brasil usam métodos não cruéis para sacrificar animais. O dono imprudente estaria condenando seus bichos de estimação a um processo de apreensão e morte extremamente doloroso e triste.
Veterinários ressaltam que animais em viagem muito longa também precisam de água, alimentação, “estirar as pernas” (na guia presa à coleira). Além de ar para respirar, mas não devem levar vento direto – o que provocaria, no mínimo, forte dor de ouvido.
Para viagens internacionais, é obrigatório outro tipo de documento, o GTI.
Contra uso de peles – O PEA (grupo ambiental) promoveu manifestação no sábado, dia 2, em frente ao prédio da Daslu. Sabe-se que são cruéis os processos utilizados para capturar e matar animais de bela pelagem. Quanto mais rara, mais cara e mais ambicionada pelas “peruas”. À loja, nos carros importados, muitos com vidros fumés fechados, chegavam as clientes (90% louras e uniformizadas pelo mesmo tipo de corte de cabelo). A Polícia Militar estava postada em torno, como sempre acontece nas manifestações do Movimento da Proteção Animal. (Ao final de algumas manifestações já vi policiais cumprimentarem as ONGs, quer pelo seu comportamento civilizado, quer pelas suas intenções). Já no final do protesto, de um dos carros foi lançada uma substância tóxica contra os olhos da moça que portava um cartaz, ao meu lado. Enquanto acudíamos a manifestante, o carro se perdeu na mastodôntica entrada da loja de grifes. Esta colunista pouco depois sentiria o efeito no nariz e garganta, ardência que se prolongou por horas.
As senhoras Cruelas não sabem que o supra-sumo da elegância é respeitar o direito à vida e ao bem-estar dos outros. Sejam humanos, sejam animais. Sobretudo dos que nada fizeram pra merecer captura e morte sádicas, em nome da vaidade.
Caso Preta – Dia 30 de Junho, Fernando S. Carvalho e Marcelo O. Schuch – dois dos estudantes que participaram do trucidamento da cadela Preta em Pelotas – foram obrigados a pagar, cada um, multa de R$ 5.000,00 ao canil municipal e prestar serviços comunitários durante 12 meses (pena alternativa). O terceiro e principal acusado não terá direito à transação penal: Alberto C. da Cunha Neto tem antecedentes criminais. Se julgado culpado, receberá pena de prisão. O jornal Zero Hora destacou que o quarto acusado, Marcelo O. D’Ávila, por prestar falso testemunho – tentando inocentar os amigos – pode receber pena maior.
Bizarra legislação: mentir é mais grave do que trucidar uma fêmea prenhe amarrada ao pára-choque de um carro em movimento! Porém os Marcelos, Fernando e Alberto (suspenso pela Universidade) não querem mais viver em Pelotas. Traduzida pela multidão que cercou o Fórum no dia da audiência, a rejeição popular que eles sofrem é maior que as sentenças.

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