Um novo olhar

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A medicina é uma ciência que está sempre em desenvolvimento e quem não é da área muitas vezes ignora seus avanços. Novos tratamentos, novos remédios, novas técnicas são incorporadas a ela. A Medicina Antroposófica, por exemplo, você sabe do que ela trata? Ela nem é tão nova assim: no início do século XX ela começou a se desenvolver na Europa.
Segundo o Dr. Ricardo Ghelman, formado há 21 anos, “a Medicina Antroposófica é uma medicina complementar, não é alternativa, é uma medicina tradicional, que amplia os recursos de diagnósticos através de uma visão biográfica do paciente”. Ou seja, o olhar do médico não vê apenas a doença do paciente isoladamente, mas sim pela sua história de vida. Por causa desse olhar diferenciado, as consultas demoram, em média, uma hora e os consultórios particulares vivem lotados, “porque as pessoas querem ser ouvidas”, como diz o Dr. Ricardo, que tem especialização em pediatria, em medicina antroposófica, em onco-hematologia infantil e também é médico de família. Os tratamentos podem ser feitos com vários tipos de remédios: “Perto de 70% da medicação indicada são remédios naturais, ou fitoterápicos ou dinamizados. Mas não somos radicais, se tiver que usar antibióticos, antitérmicos, receitamos”, explica ele.
A Medicina Antroposófica trabalha no eixo da saúde: “Oriento muito a alimentação, o estilo de vida, falo sobre atividades físicas, como prevenir doenças”, informa. A partir dessa proposta integrativa o médico pode utilizar o melhor recurso de acordo com a situação do paciente, ou seja, desde a cirurgia até procedimentos para aumentar a imunidade. Uma coisa fundamental desse tipo de medicina é o conceito da relação entre a atividade mental e a atividade orgânica-motora (física). Num exemplo prático: colesterol alto. Pela Medicina Antroposófica, o colesterol alto não é causado por fatores isolados como estresse ou sedentarismo. O Dr. Ricardo explica: “O sedentarismo significa que a parte motora está parada e o estresse significa que a parte mental está acelerada. Então não dá para dizer que a causa do colesterol alto é de um ou de outro fator, mas sim um desequilíbrio entre as partes”.
No Brasil essa medicina ainda é pouco conhecida, temos perto de 300 médicos que a utilizam para diagnosticar e tratar seus pacientes e está presente oficialmente na rede pública (Sistema Único de Saúde), em Belo Horizonte e Brasília.

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