Cuidar da mente, para cuidar da alma e do corpo. Cuidar do ser como um todo. Este é o propósito do grupo de Projetos Terapêuticos, criado pelo psiquiatra Moisés Rodrigues da Silva Jr., em parceria com outros profissionais da área, como a psicóloga Roberta Kehdy. O objetivo do grupo é desenvolver ações que promovam a criação e manutenção de uma Rede Social Viva e Colaboradora, em que energias, competências e recursos sejam mobilizados e otimizados em busca da melhoria da qualidade de vida.
Há três ações principais dentro do programa. Uma delas é a Clínica de Projetos, que tem como proposta re-conectar ao mundo aqueles que em razão de um intenso sofrimento e desestruturação mental, tiveram um episódio de ruptura e se refugiaram no isolamento. Dedica-se à constituição de projetos que tenham a medida das possibilidades de cada um e que lhes dêem chances de uma vida mais autônoma e integrada socialmente. “Passado o momento de crise, as pessoas ficam isoladas da sociedade por uma série de fatores. A nossa proposta é que ela vá ter contato com o mundo, não ficando limitada à instituição. E um lugar muito importante para isso é o bairro. As pessoas precisam desenvolver relações cotidianas no local onde ela vive. Na padaria, marcenaria, escola, etc.”, diz Roberta.
A Clínica de Projetos é destinada a pessoas que estão com dificuldades de “levar a vida”: aquele garoto que não sai do quarto, a jovem que largou os estudos e que se encontra sem objetivos, a senhora que foi internada e que nunca mais voltou a ser o que era. Mais importante que o diagnóstico: depressão, transtorno de personalidade, esquizofrenia, pânico… O que importa para o Projetos Terapêuticos é cuidar das seqüelas que uma crise provoca e que se refletem na dificuldade que a pessoa tem para retomar as atividades rotineiras da vida.
Além da Clínica de Projetos, outra ação desenvolvida é a Clínica Ampliada que abrange a participação ativa na vida do espaço territorial, entendida como extensão de cada indivíduo, pois quando a pessoa adoece, os vínculos com o mundo se rompem e é necessário incluí-los na construção de um projeto terapêutico. Um grupo gestor composto por educadores, psicanalistas, acompanhantes terapêuticos e psiquiatras vem trabalhando sobre a tarefa específica de estruturar um projeto que combata a exclusão, a discriminação e o estigma. Através da ação institucional Tramando a Rede, desenvolvemos no bairro a criação e sustentação de uma rede social, que favoreça o contato e a circulação. A partir da participação em entidades vivas, como a Associação da Vila Madalena, a Sub-Prefeitura de Pinheiros, a Cidade-Escola Aprendiz, a Fundação Orsa (através do Café Pedagógico), se conhece melhor os recursos e problemas da região e busca-se soluções para problemas comuns.
A outra área de atuação do grupo é a chamada Pró-saúde, um programa que propõe a criação e a sustentação da discussão da “saúde” como um conceito amplo, um valor pessoal a ser cultivado na comunidade universitária. O programa busca o investimento na saúde dos professores, alunos e funcionários, e também das relações institucionais.
Vale a pena conhecer o trabalho desenvolvido pelos profissionais do grupo de Projetos Terapêuticos. Para mais informações acesse o site www.projetosterapeuticos.com.br ou telefone.
Fonte: www.projetosterapeuticos.com.br.