Protecionismo ambientalista

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Quando se fala em proteção animal, geralmente as pessoas pensam que ela se resume a recolher cães e gatos sem teto e abandoná-los num asilo. Sim, abandoná-los. Já discorri aqui sobre este engano no pensar e agir. Outro erro que se soma ao primeiro é ignorar que proteção animal também é ambientalismo. E neste lapso, incorrem até os que não poderiam ser classificados como leigos no assunto… Os auto proclamados ambientalistas. Se o meio ambiente é o todo, os animais são parte dele, assim como os humanos, os mananciais, a vegetação e mesmo os diversos tipos de cultura que nele atuam e o alteram. É bom lembrar ainda que, quando nos referimos a meio ambiente e animais, estamos falando não apenas dos silvestres. Os domésticos, os domesticados também atuam e fazem parte dele. Além daqueles esquecidos freqüentemente, os répteis e anfíbios.
Em Santa Catarina ainda existe a famigerada prática da farra do boi. Porém o estado pode se orgulhar do casal Elza e Germano Woehl Jr., criadores do Instituto Rã-bugio, ONG criada em 2003, em Guaramirim. A ação desta ONG torna claras as importantes relações entre animal e o meio circundante. Os Woehl explicam: os anfíbios são de extrema importância para o equilíbrio da natureza, pois controlam a população de invertebrados e insetos transmissores de doenças, como pernilongos e moscas. E pragas de lavouras, como lagartas e besouros. Além de tudo isso, rãs, pererecas e sapos servem de comida para répteis, aves e mamíferos. O casal Woehl mantém um fragmento de Mata Atlântica de 4,8 hectares. Só ali já foram encontradas 41 espécies de anfíbios. Esta área e mais uma de 130 hectares no norte de Santa Catarina, também mantida pelos Woehl, estão em vias de se tornarem RPPN (Reserva Particular do Patrimônio Natural). Quando o processo fôr concluído, no perímetro destas áreas estarão proibidos desmatamentos.
O Instituto Rã-bugio recebe visitas monitoradas de estudantes e turistas. Recentemente uma designer mineira, Rita Valladares, que nunca tinha visitado o Instituto, resolveu fazer a sua parte em prol do meio ambiente: criou uma luminária em forma de sapinho e, a partir da venda dos objetos pela Scatto Lampadário (tel. (31) 3337 8642) destinar 10% à ONG.

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