A Vila Madalena já se tornou um pólo importante em matéria de móveis. São várias as lojas diferenciadas que fabricam móveis sob encomenda, para clientes que exigem um mobiliário exclusivo. Neste mês de março, no dia 19 se comemora o Dia do Marceneiro e aproveitamos a data para homenagear os bons profissionais do bairro.
Quem acabou de chegar é a Artespaço, das sócias Vanessa Vilela Siqueira e Mary Resende. O local onde antes era uma metalúrgica foi reformado e se tornou um amplo showroom para os móveis de madeira criados por Vanessa, que é arquiteta.
Os móveis expostos na loja – camas, mesas, cadeiras, armários – são uma pequena mostra do que ela se propõe: “Fazemos qualquer tipo de móvel, mas a idéia é personalizar, é fazer o móvel que você procura”, garante. Do rústico ao sofisticado, de madeira bruta até laminados, e mesmo detalhes em marchetaria, a proposta é “ir até sua casa e indicar soluções criativas e charmosas, que harmonizem com seu ambiente e seu estilo”, diz. Vanessa trabalha com vários tipos de madeira: freijó, imbuia, jatobá, cedro, eucalipto, caixeta. Importante lembrar que a madeira utilizada é certificada.
Nascida em 1986, a Baraúna pratica há anos projetos arquitetônicos diferenciados e exclusivos, atendendo a uma demanda que pulsava na cabeça dos três sócios: Francisco Fanucci, Marcelo Ferraz e Marcelo Suzuki (que deixou a sociedade em 1995). “Somos arquitetos que projetam móveis e temos uma marcenaria que projeta móveis de arquiteto”, informam. Desta marcenaria saíram peças que se tornaram ícones na movelaria, como a linha Girafa, de autoria dos arquitetos Lina Bo Bardi, Marcelo Suzuki e Marcelo Ferraz.
Outro especialista em móveis que virou referência no mercado é Carlos Motta, que é arquiteto por formação e encarna uma paixão pelo que faz. A linha Redescobrimento aproveita a madeira vinda de uma canoa velha ou de pranchas de perobas e se transforma em confortáveis poltronas da linha Astúria, valorizadas pelo mercado e pelo consumidor.
Motta faz parte da história da Vila desde o final dos anos 1970. “Adoro a Vila”, e para provar o que diz, batizou com o nome Madalena uma das suas famosas e disputadas cadeiras.
