Está comprovado que a convivência com animais gera bem estar físico e emocional ao ser humano. Os benefícios ultrapassam os muros de casa, onde um bichinho de estimação transforma positivamente a rotina da família, e tomam proporções humanitárias quando chegam a ambientes com pessoas debilitadas ou carentes de afeto, como as instituições de amparo a idosos.
Jerson Dotti, assessor de comércio exterior, teve sensibilidade para perceber isso e criar, em 2000, o Projeto Cão do Idoso. O objetivo é promover atividades e Terapia Assistida por Animais (TAA) de forma filantrópica e totalmente voluntária, atendendo pessoas da terceira idade em suas mais diversas necessidades sejam elas emocionais, mentais, físicas e sociais.
Atividades e terapias são aplicadas em tratamentos variados e têm apresentado resultados positivos em todas áreas onde são utilizadas. “Os benefícios são muitos: cura o idoso da depressão levando alegria ao dia-a-dia; faz com que se foque no presente, estimulando a memória recente; incentiva a movimentação dos braços e caminhadas e ainda sociabiliza”, observa Jerson.
Em visitas semanais de 1h30, sempre respeitando os limites do idoso e do cão, o projeto tem o acompanhamento de veterinários, adestradores, fisioterapeutas, psicólogos, assistentes sociais, etc. Atualmente, o Projeto Cão do Idoso conta com 45 colaboradores e atende em média 140 idosos da Casa dos Velhinhos Ondina, em Santo Amaro, e Lar de Idosos Vivência Feliz, no Jabaquara.
As atividades acontecem aos domingos e as terapias são feitas durante a semana, as segundas e sextas-feiras. “A intenção é ampliar o atendimento para a região da Vila Madalena. Procuramos uma casa de repouso ou abrigo para idosos que não disponha de recursos financeira, já que grande parte dos voluntários moram nas imediações do bairro. Isto facilitaria tanto a locomoção dos animais como também aumentaria a freqüência das visitas, podendo ser estendida para outros dias e horários da semana”, destaca Jerson, que mora próximo à estação de metrô Vila Madalena.
O Projeto Cão do Idoso também está aberto para novos voluntários. Os cães podem ser de qualquer raça ou porte – exceto aqueles que se enquadram na “lei da focinheira” -, ter mais de um ano de vida e passar por uma avaliação de saúde e comportamental. O resto é só alegria!
