Tony Gordon, a voz da experiência

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O cantor Tony Gordon venceu a última edição do reality The Voice. Aqui, com exclusividade, ele fala sobre os mais de 30 anos de carreira e o que mudou depois do prêmio.

A carreira de Tony Gordon não poderia ser outra que não envolvesse a música. Filho dos cantores Dave Gordon e Denise Duran (irmã da cantora Dolores Duran), Tony e a irmã Izzy Gordon são cantores e fizeram carreira na música. E o filho mais velho de Tony, William, 25 anos, também está no palco. A mãe não levou a carreira em frente e preferiu se dedicar à família. “Sempre pergunto por que ela deixou de cantar? Ela responde que meu pai já cantava e ela não ficou frustrada. Atualmente, ela participa de alguns dos meus shows e também se apresenta com amigos músicos!”.

Tony na Jazz Side, na Vila Madalena (foto/Consuelo Fernandez)
Tony na Jazz Side, na Vila Madalena (foto/Consuelo Fernandez)
A entrevista com o cantor vencedor do reality The Voice aconteceu na sede da agência Jazz Side, na Vila Madalena, que gerencia a carreira de Tony. “Além de amigo pessoal do Paulo (dono da agência) sempre estivemos juntos. Tivemos vitórias e tombos. Mas nunca nos deixamos levar pelo dinheiro. É claro que ele é importante. Mas o mais importante é estar bem de saúde e feliz com a família!”. Convém informar que ao vencer o The Voice, o cantor embolsou 500 mil reais, contrato com a Universal Music e um carro.

Tony conta que a zona Oeste tem muita importância em sua vida. “Nasci e morei muitos anos no Alto da Lapa e outros bairros da região. Atualmente, com o nascimento da minha filha Georgie moro na zona Sul para ficar mais perto do trabalho da minha mulher”, esclarece.

TonyGordon_CF (18)Com 53 anos de idade “e com muito orgulho”, Tony relata que desde criança gostava de cantar e minha mãe me levava pela vizinhança para isso. Com a voz marcante o cantor lembra que a carreira teve início com o pai, Dave Gordon. “Com ele aprendi muita coisa de música e de vida. Ele sempre me disse que é preciso estar bem diante do público, falar corretamente… Comecei com ajuda dele. Meu pai se apresentava em muitas casas noturnas da cidade. Ele me passava alguns shows quando ele não poderia comparecer. Essa experiência foi muito importante para minha carreira como cantor. Eram apresentações de meia hora em várias casas na mesma noite. O bacana é que cada casa tinha uma banda de três ou quatro músicos. O público podia assistir cinco ou seis shows de artistas diferentes em um mesmo lugar. E para nós, cantores e músicos, eram vários cachês por noite!”. Ele lamenta que hoje o número de casas diminuiu muito e a apresentação de bandas e cantores com seus músicos é a regra. Lamenta o fim de casas como a Baiúca, Saint Paul, Cedro’s e até casas que tiveram uma curta existência como a Tupi or not Tupi, na Vila Madalena.

A participação no The Voice poderia não ter acontecido. Tony conta que o filho William – participou do PopStar e ficou em 2o lugar — é quem fez a inscrição no programa. “Quando fiquei sabendo respondi que não iria participar. Afinal, aos 53 anos de idade e mais de trinta anos de carreira, eu achava que isso não iria me acrescentar nada. Deu até briga na família!”. Mas o filho convenceu o pai. “Ele ponderou que eu precisava ir. Que seria uma projeção na carreira. Muita gente iria conhecer o meu trabalho… E fui. E estava preparado para o que viesse, inclusive vencer! Só não desejava que na primeira apresentação nenhum dos jurados virasse a cadeira. Mas o Michel Teló virou a cadeira cinco segundos depois de eu iniciar “You’re so beautiful” (consagrada na voz rouca de Joe Cocker)”.

A escolha pela equipe liderada por Iza e não do Teló (que foi o primeiro a virar a cadeira para ele) aconteceu conscientemente. “Escolhi a Iza por ela ser a jurada mais jovem (substituiu a Carlinhos Brown) e queria explorar essa oportunidade. Posteriormente, quando perdi uma batalha, escolhi ficar no time do Teló e chegamos juntos até o final!”. É bom ressaltar que o Michel Teló é o maior vencedor entre todas as edições do programa.

O formato do programa The Voice agrada ao experiente Tony Gordon. “Cantar às cegas me agrada e como disse o Lulu Santos, os jurados estão ali para julgar a voz e não a aparência do cantor. Acho que a edição das minhas apresentações foram muito especiais. Vi entre os concorrentes, gente boa e ruim. E no meu agradecimento final, quando fui anunciado como vencedor, agradeci à toda equipe do programa. De técnicos, camareiras, câmeras e músicos em vez da família e explico por quê. A família sempre me apoiou e eles sabem da importância deles. Mas agradecer ao pessoal que cuida e te ajuda nos bastidores foi preciso!”

Ao vencer o programa na Globo, as outras emissoras provavelmente não vão convidar Tony Gordon para de seus programas. “Entendo o que acontece, mas é assim mesmo! Devo dizer que a audiência da Globo é gigantesca e a televisão é uma coisa mágica. Depois do programa fui fazer um show e a moça do café conhecia mais da minha carreira do que o contratante, assistindo ao programa e me conhecendo mais pelas redes sociais. Isso é fantástico!”.

A agenda de shows do cantor aumentou e muito, garante. “Minha agenda de apresentações até o final do ano deve ter de 40 a 50 shows. Mas sempre falo que um show bem feito, gera mais outras apresentações e assim em diante. Recentemente fiz uma apresentação no Onze22 Jazz Festival na Vila Madalena e foi muito boa a receptividade do público!”.

Através do site e do Instagram, Tony informa onde estará se apresentando. A voz rouca e experiente do cantor ainda será ouvida por muito tempo, com certeza! (GA)

www.tonygordon.com
www.instagram.com/tonygordon.oficial

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