Carnaval, blocos e Pérola Negra

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Foram 77 blocos desfilando pela região e com mais organização. A Pérola Negra fez bonito no Sambódromo, mas não conseguiu permanecer no Grupo Especial.

Este ano, ao contrário dos problemas que os desfiles de blocos carnavalescos e o grande número de pessoas causaram para moradores e comerciantes da Vila Madalena ano passado, teve mais organização. Para a subprefeita de Pinheiros Harmi Takiya, “o balanço é positivo em nossa Subprefeitura. Não tivemos quaisquer problemas, apenas alguns imprevistos, como quebra de caminhões, que alteraram horários. Os blocos colaboraram muito com a Subprefeitura, foram feitas reuniões para definições de itinerários e horários, não sendo autorizadas as principais avenidas e desfiles após as 20 horas”.

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Bloco Macaco Cansado (Foto/Gerson Azevedo)

A São Paulo Turismo realizou pesquisa durante os dias de carnaval para levantar o perfil dos foliões. Foram mais de 3,4 mil entrevistados na cidade e cerca de 1,2 mil na Vila Madalena. Algumas das conclusões apontadas pela pesquisa com relação ao bairro:

  • 90% preferiram ficar na cidade para participar dos desfiles;
  • 56% eram homens;
  • 52% com 18 e 24 anos;
  • 84% não foram por um bloco específico;
  • 39% disseram que escolheram a Vila por ser um lugar badalado.

Outra novidade foi a inclusão do palco do Largo da Batata, onde vários artistas e blocos carnavalescos se apresentaram. “Foi de grande ajuda para que a Vila Madalena não sofresse superlotação como em 2015”, lembra a subprefeita. “Tivemos algumas dúvidas e solicitações que foram imediatamente resolvidas”, diz ela sobre as reclamações.

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Bloco Gonzagão: forró em ritmo de Carnaval. (Foto/Gerson Azevedo)

Entre os blocos que desfilaram pela Vila, vários tinham no final, funcionários fazendo a coleta de latinhas e lixo que os foliões deixavam pelas ruas. E os funcionários da prefeitura encarregados da faxina iniciavam a varrição por volta da meia-noite. O serviço de saúde instalado não atendeu nenhum caso grave, apenas atendimentos médicos causados por excesso de bebidas alcoólicas. “Para 2017, vamos ter uma ação maior de campanhas educativas e ambientais, para que os foliões joguem o lixo no seu devido lugar e os banheiros sejam utilizados de forma correta”, informa Harmi.

Pérola Negra 

“Do Canindé ao Samba no Pé, a Vila Madalena nos Passos do Balé” foi o enredo da escola nascida na Vila Madalena em 1973, para o carnaval deste ano, no Grupo Especial. Com muito luxo e animação, a Pérola fez bonito no Sambódromo, mas não o suficiente para continuar na elite. Como ficou em penúltimo lugar na apuração, conforme consta no regulamento da Liga (que reúne parte das escolas de samba da cidade), ela e a X9 Paulistana, que ficou em último lugar, ambas vão desfilar em 2017 no Grupo de Acesso.

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Carmen Mouro, rainha da bateria da Pérola Negra (Foto/SPTuris José Cordeiro)

Por conta da pane elétrica de parte da iluminação do Sambódromo, a Pérola entrou com recurso por se sentir prejudicada. Mas o recurso não foi aceito e não cabe mais recurso. Em nota na página da escola de samba no Facebook, o presidente Geraldo Bezerra, o Dinho, conclama a comunidade: “Agora é voltarmos ao trabalho e focarmos no carnaval 2017! Contamos com vocês!” E anunciou que o carnavalesco Fábio Borges, depois de dois anos, deixa a escola. Em carta, Fábio Borges diz: “Foram dois anos (e não dois dias)… Guardo todas essas lembranças com muito carinho, e continuo, mesmo de longe, torcendo pelo sucesso da Pérola Negra, importante capítulo da minha história como carnavalesco”. Até o fechamento desta edição, a escola não definiu quem será o próximo carnavalesco.

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