Dançar é um ato de prazer compartilhado e a dança de salão é uma das poucas modalidades praticada por pares. Talvez por isso esteja tão na moda: mulheres e homens de todas as idades e até mesmo crianças e jovens querem aprender o gingado do forró, a alegria da gafieira, o balanço do samba-rock, além dos ritmos mais tradicionais, como bolero. No Estúdio de Ballet Cisne Negro as aulas de dança de salão já começaram e são mais uma opção da escola que também oferece balé clássico, jazz e pilates.
Segundo o professor Christianno Couto o pré-requisito para se aprender a dança de salão é a força de vontade. “A resposta da dança é muito rápida. O aluno tem que decorar os passos e ter paciência consigo mesmo. Às vezes, a cobrança é tão grande que a pessoa acha que não vai conseguir fazer. E não é bem por aí. É treinar a paciência e aprender a técnica”, diz.
O curso é iniciado com o samba-rock e a gafieira que têm passos mais simples, passando para o bolero, soltinho e pelo forró, um dos ritmos mais fáceis de se aprender e um dos mais procurados, de acordo com Christianno. “Quem nunca dançou consegue aprender numa boa. Precisa ter algumas aulas de tempo e ritmo antes de entrar direto nos passos. Tem gente que já nasce com isso, mas outras não, então é preciso aprender”.
E o melhor de tudo é que não há idade para se começar. Nas turmas do Cisne Negro há desde crianças de 13, 14 anos até empresários de 35, 40, 50 anos. “É um publico bem variado”, observa o professor.
Além dos benefícios próprios de uma atividade física, a dança de salão também faz bem para a mente e o para as emoções. Como diz Christianno, quem sai para dançar geralmente não consome bebida alcoólica pois a adrenalina é a própria dança, o prazer de dançar: “A dança de salão é uma expressão a dois, uma emoção a dois. Une o casal novamente, resgata, fortalece e desperta o amor”.
Festival
Além da dança de salão, outra novidade é que 22 bailarinas do corpo de baile da companhia Cisne Negro participaram do Youth America Grand Prix 2006, que aconteceu em abril, em Nova Iorque. Este festival conta com participantes do mundo inteiro e eles concorrem a bolsas de estudos nas grandes companhias do mundo.
Além de apresentarem a coreografia Volatile, de Vagner Alvarenga, elas também participaram de oficinas com professores de escolas como o Royal Ballet Theater. “Foi a primeira vez que nossas alunas saíram do Brasil e o resultado foi uma experiência de vida incrível. Em termos técnicos não recebemos nenhum prêmio, mas a participação foi fundamental para a educação e aprimoramento delas”, conta Gisele Bittencourt, coordenadora do Estúdio de Ballet.
E não pára por aí! O espetáculo anual do Cisne Negro já está sendo preparado. Em outubro você poderá conferir o musical Mary Poppins, no Teatro Santa Cruz. Aguarde!