Se bicho falasse (2)

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Continuamos, este mês, a publicar os artigos restantes da Declaração Universal dos Direitos dos Animais que, por questão de espaço, ficamos devendo aos nossos leitores em abril.

Artigo 6°
1 – Todo animal que o homem escolheu para seu companheiro tem direito a uma duração de vida conforme a sua longevidade natural.
2 – O abandono de um animal é um ato cruel e degradante.

Artigo 7°
Todo animal de trabalho tem direito a uma limitação razoável de duração e de
intensidade de trabalho, a uma alimentação reparadora e ao repouso.

Artigo 8°
1 – A experimentação animal que implique sofrimento físico ou psicológico é incompatível com os direitos do animal, quer se trate de uma experiência médica, científica, comercial ou qualquer que seja a forma de experimentação.
2 – As técnicas de substituição devem ser utilizadas e desenvolvidas.

Artigo 9°
Quando o animal é criado para alimentação, ele deve ser alimentado, alojado, transportado e morto sem que isso resulte para ele nem ansiedade nem dor.

Artigo 10°
1 – Nenhum animal deve ser explorado para divertimento do homem.
2 – As exibições de animais e os espetáculos que utilizem animais são incompatíveis com a dignidade do animal.

Artigo 11°
Todo o ato que implique a morte de um animal sem necessidade é um biocídio, isto é, um crime contra a vida.

Artigo 12°
1 – Todo o ato que implique a morte de um grande número de animais selvagens é um genocídio, isto é, um crime contra a espécie.
2 – A poluição e a destruição do ambiente natural conduzem ao genocídio.

Artigo 13°
1 – O animal morto deve ser tratado com respeito.
2 – As cenas de violência de que os animais são vítimas devem ser interditas no cinema e na televisão, salvo se elas tiverem por fim demonstrar um atentado aos direitos do animal.

Artigo 14°
1 – Os organismos de proteção e de salvaguarda dos animais devem estar representados a nível governamental.
2 – Os direitos dos animais devem ser defendidos pela lei, como os direitos do homem.

Os bichos não podem falar. Eles dependem da voz da nossa consciência. Mas a humanidade insiste em perpetrar crimes hediondos contra eles, a cada minuto. É só ler os artigos da Declaração e observar em volta… a começar pelo prato que se come cada dia.

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