Evento marca os 37 anos da Feira de Artes da Praça Benedito Calixto e tributo à Horieta Novais

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No sábado, 31 de agosto, a Associação dos Amigos da Praça Benedito Calixto em parceria com o projeto O Autor na Praça/Espaço Plínio Marcos, organizam um tributo a Horieta Novais, uma das fundadoras da Feira e terceira presidente da AAPBC e morta em fevereiro deste ano, aos 89 anos.

“Também vamos celebrar os 37 anos da Feira de Artes, Cultura e Lazer da Praça Benedito Calixto. O evento acontecerá no Espaço Plínio Marcos (tenda no meio da Feira) e no Espaço Irene Portela & Ronaldo Magrão Belotti (dentro da área de alimentação da Feira)”, informa Edson Lima, responsável pelo Espaço: “contaremos com a presença de familiares, amigos da Horieta e convidados.

Desde a sua fundação, em 1987, a feira é uma atração turística da cidade e reúne mais de 300 expositores de antiguidades, discos, roupas e espaço de gastronomia, além de atrações musicais, lançamentos de livros e outros eventos culturais.

Descendente de portugueses, Horieta Alzira Batista Novais nasceu em Barretos em 13 de maio de 1934. Durante sua infância e adolescência, seus pais sempre estiveram em contato com lutas pelas classes sociais. Sua mãe chegou a ser presa pelo DOPS. Isso influenciou Horieta à participar na política, levando-a a se filiar ao partido comunista e posteriormente ao PMDB.

A cuidadora de idosos e escritora Elza Soares vai lançar o livro “O Cuidar cuidou de mim – Histórias de amor no cuidado de idosos”, Elza foi cuidadora de Horieta, da sua irmã Florita e da sua mãe Elisa Branco por mais de 30 anos. Parte do livro é dedicado à família de Horieta. “Na ocasião vamos celebrar os 37 anos da Feira com homenagem para alguns pioneiros. No Espaço Irene Portela & Ronaldo Magrão Belotti, teremos a apresentação do Choro da Benedito, que Horieta muito curtia e dançava, e participação especial do violeiro e compositor Betto Ponciano, que ela gostava muito, para representar sua presença e lembrança na Feira de Artes, no Jardim em frente ao Espaço Plínio Marcos serão plantadas 3 cerejeiras pelos filhos e sobrinho. Na ocasião também faremos uma homenagem ao jornalista Luiz Ernesto Kawall, pioneiro e incentivador da Associação e da Feira da Benedito, Kawall foi um dos fundadores do MIS – Museu da Imagem e do Som, do Museu Caiçara de Ubatuba e da Vozoteca, se formou na primeira turma de jornalismo da Fundação Cásper Líbero, em 1951.

Sábado, dia 31 de agosto, a partir de 12h, no Espaço Irene Portella & Ronaldo Magrão Belotti e das 14h no Espaço Plínio Marcos. Realização é da AAPBC – Associação dos Amigos da Praça Benedito Calixto e O Autor na Praça e apoio da Rádio Mundo Brasil.

Sobre o livro e a autora – “O Cuidar cuidou de mim” mostra a trajetória da cuidadora de idosos, Elza Soares. Ela identificou no seu primeiro emprego uma ocupação cujo valor ultrapassou o mero ganho de vida, ofereceu sentido para a vida como já fica claro no título do livro. Elza começou a trabalhar com apenas 13 anos, apesar de muito jovem, percebeu haver encontrado seu caminho, porque cuidando de sua primeira paciente, dona Maria Yamaguchi, experimentou a alegria de identificar um talento inato. Depois desta experiência, passou seus anos posteriores cuidando e se aperfeiçoando nas técnicas de cuidado. Retomou seus estudos, especializou-se em enfermagem e transformou-se numa profissional querida e respeitada por seus pacientes, pelos familiares destes e seus colegas de trabalho. A partir das narrativas cronologicamente organizadas, verifica-se como essas relações humanas, a principio puramente profissionais, vão se tornando íntimas, significativas, duradouras e atravessada por afetos positivos. Desta constatação, vêm-me à mente algumas questões: O que significa cuidar? Um cuidado puramente técnico, impessoal e racionalista promove saúde? O cuidado pode ser exercido sem as influências dos sentimentos? Separar emoção e razão faz algum sentido para a vida humana? Segundo Tereza Kikuchi, amiga da autora, “Deixo todas essas perguntas em aberto para vocês refletirem sobre. No fim do livro, os leitores lerão depoimentos de muitas pessoas que, assim como eu, conviveram ou ainda tem o privilégio de conviver com a autora. Será possível notar o quanto ela é querida por todos nós. Resultado de uma trajetória vitoriosa, mas não guiada pelo significado mais comum do termo “vencer na vida”. Elza é uma vencedora, no entanto, aqui, “vencer” significa compor, colaborar, criar laços atravessados pelo amor. Enfim, este livro traz conforto para todos os espíritos cansados da concorrência, do individualismo e dos interesses mercantis que fazem da existência uma empresa fria e esvaziada”.

O evento é gratuito e acontece na Praça Benedito Calixto, Pinheiros, das 10 às 19h. Mais informações @oautornapraca e @feirabeneditocalixto.oficial. (GA)

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