Economia criativa ganha escola

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Com início previsto para agosto, a  oferece cursos livres, técnicos e de graduação voltados para a economia criativa.

Vertente da economia ainda com poucos dados estatísticos disponíveis, a economia criativa movimenta bilhões de dólares em todo o mundo. No Brasil não tem sido diferente, embora ainda não se tenham dados que possam interpretar o quanto esse segmento – formado por empresas e profissionais que se dedicam à criação de aplicativos, jogos para celulares e dispositivos móveis, além de cinema, 3D, design gráfico, ilustração – tem gerado para a economia.

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Mauricio Tortosa, presidente da Ebac (Foto/Tiago Gonçalves)

Para o diretor-presidente da Ebac, Maurício Tortosa, “segundo o IBGE, a contribuição formal dos setores criativos ao PIB do Brasil em 2010 foi superior a R$ 104 bilhões, ou 2,84% do PIB brasileiro. Segundo dados do Ministério do Trabalho, hoje existem mais de 1 milhão de brasileiros empregados nos setores criativos, com um crescimento de mais de 90% nos últimos dez anos. No Reino Unido, em 2014, por exemplo, estima-se que os setores criativos contribuíram com 84,1 bilhões de libras esterlinas, ou 5,2% do PIB, e empregou mais de 1,8 milhão de profissionais ativos”.

A apresentação do projeto educacional da Ebac foi no dia 28 de abril no edifício Lab, projetado pelo arquiteto Isay Weinfeld e construído pela Idea! Zarvos, que tem sede na Vila Madalena e ergueu outros edifícios no bairro, para uso residencial e comercial. A Ebac vai ocupar os cinco pavimentos do edifício, totalizando 5 mil m2 de área útil.

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Evento marcou o anúncio da chegada da Ebac à Vila Madalena

A Ebac tem sua diretoria composta por Ana Maria Diniz, Dante Iacovone, José G. Monforte, além de Alex Avramov, Rafael Steinhauser, Michel Bornhaeusser e Maurício Tortosa, que foi o responsável pela escolha da sede da Ebac na Vila Madalena.

“Fizemos várias visitas a outros edifícios na cidade, mas como sou morador da região de Pinheiros e conheço o lado criativo da Vila Madalena, queria que a nossa escola tivesse sua sede aqui”, diz Maurício. Alex Avramov, empresário russo, destacou a semelhança da sede paulistana com a sede de Moscou. “Pé-direito alto, iluminação natural, construção original e estar em uma região da cidade conhecida pela sua arte e criatividade”, diz o empresário que é dono do Consórcio de Moscou, formado por quatro escolas com cursos voltados para as diversas áreas da economia criativa.

A Ebac, além da parceria com o Consórcio de Moscou, também tem acordo com transferência de know-how com a , fundada em 1952, com sede nas proximidades de Londres. A UH é um centro de excelência de ensino, aprendizado e pesquisa e recebeu, entre outros prêmios, o “Times Higher Education” como “Universidade Empreendedora do Ano”. Segundo Judy Glasman, diretora da escola de artes criativas da UH, presente no evento de lançamento na Vila Madalena, “mais de 95% dos nossos alunos entram no mercado de trabalho em até seis meses após concluírem o curso escolhido”, disse. Além da qualidade de seus cursos, em todas as áreas das disciplinas criativas, destaca-se pela parceria com grandes empresas como BBC, Sony Music, Warner Bros, além de parcerias com escolas em Moscou, Kua la Lampur, Japão, China e agora o Brasil. Uma das vantagens dessa parceria entre a Ebac e a UH é o reconhecimento automático de diplomas e certificados dos cursos feitos aqui em São Paulo.

Por sua vez, a Ebac já estabeleceu parcerias com empresas como Adobe, Apple, Facebook, Google, Dell, Cisco, Microsoft, Dentsu, Catraca Livre, SPCine, British Council – com o foco em formar um profissional capacitado a atender a demanda do mercado criativo, cada vez mais exigente e globalizado.

Design gráfico, ilustração, direção de arte digital, motion and broadcasting design, além de inéditos no Brasil serão os primeiros cursos oferecidos pela Ebac a partir de agosto. Em novembro, terão início outros cursos, como os de inglês para vários níveis: bachalerado, técnico, intensivo e preparatório, com sete meses de duração com aulas duas vezes por semana. E outros cursos virão em seguida. Para isso, a Ebac terá professores vindos da UH e de seu parceiro russo, e serão ministrados em inglês.

Ao apresentar o projeto da Ebac, Maurício Tortosa destacou que “no Brasil, os desafios são enormes e instigantes. Há muita oportunidade. Nossos investimentos se justificam somente pelo crescimento de empregos criados pelos setores criativos ou pela contribuição da cultura e da criatividade no PIB, mas especialmente porque a cultura é o nosso primeiro recurso econômico”. Acrescenta que “em dez anos o país descobrirá que não será mais necessário atravessar fronteiras para ter acesso a uma das melhores escolas de disciplinas criativas do mundo”. Segundo ele, “nos últimos dois anos, mais de 5,5 jovens saíram do Brasil para estudar no Reino Unido em busca de melhor qualidade de ensino”.

Nestas primeiras semanas, o processo seletivo será agendado através do site www.ebac.art.br. Os alunos e pais passarão por entrevista. A Ebac informa que vai oferecer bolsas de estudos em parceria com iniciativa pública e privada. A intenção é que parte das vagas disponíveis sejam preenchidas por bolsistas. Eventos abertos ao público, como exposições e oficinas, também estão nos planos da Ebac.

Escola Britânica de Artes Criativas – Ebac

Rua Mourato Coelho, 1.404, Vila Madalena

Telefone 2645-4164

www.ebac.art.br

info@ebac.art.br

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