A felicidade é uma arma quente

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A sabedoria popular não resolveu a questão do dinheiro e a felicidade. E diz uma hora; ”dinheiro não traz felicidade”, e na outra; ”dinheiro faz defunto rir”. O certo é que desde o outro artigo estou com isso na cabeça e não sirvo como exemplo, pois quando me entendi como gente abandonei completamente o caminho do sucesso financeiro. Me pareceu incompatível com o prazer de criar, pensar e principalmente a aventura do conhecimento, o que naturalmente me trouxe inúmeras dificuldades.
Portanto o assunto não é pessoal. É antes de tudo social, e posterior a minha estada em Dacar, no Senegal, onde pude fazer comparações entre a nossa sociedade e a deles. Algumas investigações sobre a felicidade estão pipocando aqui e ali. Recentemente li num jornal que nosso país era a sexta economia do mundo e éramos o vigésimo-quinto em índice de felicidade. Uma visível diferença entre o PIB (produto interno bruto) e a FIB (felicidade interna bruta). Já na fundação Getúlio Vargas, um grupo de cientistas sociais e filósofos trabalham para tabular um sistema nosso de medir a FIB.
Aos poucos, pelo visto, os ganhos materiais perdem força para traduzir o bem estar de uma sociedade. Ou pelo menos como um único fator. E os exemplos são tantos que em países ricos do primeiro mundo, vemos avançar a violência, a insatisfação e o descontrole. Claro que ninguém deseja o retorno a nossa casinha pequenina onde o nosso amor nasceu, desconhecendo os avanços tecnológicos. Ao contrario. É fazê-los trabalhar para sermos mais felizes. Certo estava John Lennon.”A felicidade é uma arma quente”.

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