Crônicas|“comunistas”

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José Luiz Teixeira, em livro de estreia

A coletânea de crônicas publicadas originalmente pelo jornalista e morador da Vila Madalena, José Luiz Teixeira, acaba de ser lançada no livro “Comunistas depois do meio-dia” pela editora Red Oak.
São 41 textos que tratam de política, jornalismo e costumes de nossa sociedade. Teixeira imprime em seus textos a crítica com pitadas de humor. “Nas crônicas, sigo a máxima de Gil Vicente ‘ridendo castigat mores’, ou seja, é rindo, com humor, que se corrige os costumes”, explica o escritor sobre seu primeiro livro.
O lançamento foi feito através de mala direta e pelo Facebook. Com isso, não houve a tradicional noite de autógrafos. Segundo Teixeira, “para poupar os amigos de mais um chato compromisso social, na qual têm de pegar trânsito, arrumar vaga para estacionar, discutir com o flanelinha, ficar na fila…”
Na verdade, conta que é um pouco arredio a compromissos sociais em que ele é a figura central, que é o caso de noite de autógrafos. “E também achei que era uma boa ideia em uma era em que até sexo se faz pela internet”, completa.
Os textos do seu livro são de fácil leitura e indicados para o público em geral, além de jornalistas e quem tem interesse em política, a editoria que Teixeira mais trabalhou pelas redações pelas quais passou como repórter e colunistas nos jornais “O Globo”, “Folha de S. Paulo” e “Folha da Tarde”.
A crônica que abre o livro acabou virando o título da obra. Teixeira conta que a história aconteceu com ele na época da faculdade, quando o sobrinho de um amigo tachou a turma de Teixeira em “comunistas depois do meio-dia” porque eles dormiam até tarde. Mas afirma que eles não eram comunistas de fato. “Isso serve para ilustrar a falsa ideologia dos partidos e dos políticos brasileiros que, entre outros exemplos, teve um presidente da Fiesp, entidade ícone do capitalismo brasileiro, concorrendo nas últimas eleições por um partido socialista”, diz.
Morador da Vila Madalena desde o início dos anos 1980, Teixeira ainda “acha que é um local agradável para morar, para caminhar pelas ruas, pelo menos de dia. O ruim (da Vila Madalena) é que surgiram e estão surgindo muitos prédios e bares um pouco além da conta, o que trouxe para cá a violência que era mínima antigamente”, reflete o jornalista sobre o bairro.
O livro pode ser adquirido na Livraria da Vila da Fradique.

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