Semeando o saber

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Semeando saber

Três amigas, Sílvia, Laís e Maria Teresa, criaram um projeto piloto, em 2001, para levar livros para comunidades que careciam de bibliotecas na Amazônia Legal. A região representa cerca de 60% do território brasileiro e Soure, na Ilha do Marajó (PA), foi a primeira cidade a receber a expedição das meninas da Associação Vaga Lume.
A proposta era fazer da expedição uma troca de conhecimento entre elas e a população rural daquela região. Hoje, além de levar livros, a Vaga Lume prepara e forma mediadores e equipes locais para incentivar o acesso ao livro e à leitura entre os integrantes das comunidades que recebem as bibliotecas. O conhecimento, historicamente associado à ideia de ‘luz’, foi o motor da expedição que acabou recebendo o nome de Vaga Lume.
Uma década depois, a Vaga Lume está presente em nove Estados amazônicos e tem bibliotecas instaladas em 21 municípios. De 2001 até 2009, já foram distribuídos 65.298 livros às comunidades. Segundo Ana Helena Oliveira, do Desenvolvimento Institucional da Vaga Lume, “levamos conhecimento mas também estimulamos as comunidades a contar suas histórias, através de rodas de história e produção de livros artesanais pelos moradores”. Em 2010, foram distribuídos 15.530 livros.
A primeira remessa é formada por 300 livros, acervo formado por literatura infanto-juvenil de autores nacionais e estrangeiros, incluindo temas regionais e literatura de cordel. Posteriormente, cada biblioteca recebe anualmente cerca de 150 novos livros.
Como as amigas moravam na Vila Madalena, a primeira sede da Vaga Lume foi montada na Rua Purpurina, depois mudou-se para a Rua Fidalga e desde o final do ano passado funciona num amplo sobrado que fica na Rua Aspicuelta.
Das três amigas que iniciaram, Silvia Guimarães é a única que continua na Vaga Lume e é a presidente. Como organização social de interesse público, sem fins lucrativos, ela se mantém graças a recursos e parcerias com empresas (Guascor e Caixa Econômica Federal, entre outras) e projetos apoiados pelo Ministério da Cultura através da Lei Rouanet. Pelo pioneirismo e trabalho realizado, a Vaga Lume já recebeu prêmios importantes, como o Prêmio Brasil Social, em 2010, e o Prêmio Juscelino Kubitschek, do Banco Interamericano de Desenvolvimento em 2009. 

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