Chegamos a onze

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O tempo não para, cantava Cazuza. E as notícias que leio, conheço, afirmavam Gil e Capinam na canção “Domingou”. Mas todos os anos temos essa necessidade de criar um ritual de passagem entre um velho e um novo ano, para fragmentar o tempo e tirar diversão e ensinamentos críticos. Não adianta racionalizar, é entrar e curtir. Que adianta o materialismo do cão atropelado, como dizia Nelson Rodrigues, diante da manjedoura onde nasceu Jesus? E o nacionalismo anacrônico condenando o pinheiro de neve de algodão em favor do cacto sertanejo em nosso Natal? Nada consegue tirar o interesse pelo jogo, o passado e o futuro, a astrologia, os babalorixás e a numerologia. Esse dois mil e onze quer significar alguma coisa. 
O certo é que, do ponto de vista político, nota-se uma grande ansiedade pela troca de ministros do novo governo, pelo novo congresso e pelos governos estaduais, o que não devemos protelar muito. Já a economia traz desde dificuldades internacionais, expressas na balança comercial (olhe a China aí), até a falta de horizonte no sentido da sustentabilidade.
Não ouvi nenhuma previsão ainda sobre os principais acontecimentos do ano. Creio que serão arrasadoras. Mortes de gente famosa. Enchentes e catástrofes. E também temos aquelas otimistas de paz, prosperidades e transbordantes realizações. Nada faltará, como em todos os anos. E assim chegamos a onze. Ops! Um time de futebol. Não só isso… me lembrou Mineiro: “É também o partido do Maluf”. Tinha que ser você pra me lembrar do cara que tirou uma vaga do PV na Câmara Federal. Ainda assim, desejo um bom dois mil e onze a todos. Feliz Ano Novo.

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