Espaço para todas as artes

14 de janeiro de 2010

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Foto:

Kiki Vassimon e Guga Stroeter

A Rua Belmiro Braga é uma
das ruas mais culturais da Vila Madalena. Numa mesma quadra, há
diferentes centros culturais. Entre eles está o Centro Cultural Rio
Verde, um lugar que mistura teatro, música e dança. “Provocamos
atividades interdisciplinares. A primeira vez que Guga falou comigo, a
ideia era de um lugar que tivesse mais condição para o artista se
ampliar”, conta Kiki Vassimon, uma das proprietárias. “A arte do século
21 é multidisciplinar. E ela também é complexa e isso inclui o
ambiente. Então a gente quis montar uma coisa que fosse assim
culturalmente”, conta Guga Stroeter, o outro proprietário do centro
cultural.
Ele conta que o espaço foi sendo construído aos poucos.
“Não existe uma data certa de inauguração. Mas está em atividade há
mais ou menos um ano”, diz ele. O ambiente abriga espaços cobertos e ao
ar livre. É só entrar lá que é possível sentir uma vibração diferente,
provavelmente graças às várias plantas existentes, muitas com placas
indicando que árvore é, e a decoração em si.
São muitas as
atividades de grupos de dança e teatro que acontecem nos ambientes.
Entre elas, há uma montagem da peça Romeu e Julieta, com um diferencial
de ocupar todo o espaço do centro. Ela acontece entre os dias 21 e 30
de agosto, sextas e sábados às 20 h, domingo às 19 h. E já há outras
peças programadas. Kiki diz que “a agenda já está bem cheia até o fim
do ano. Teremos uma montagem de Juliana Jardim, com a peça Aos Poucos,
e uma de Rui Filho”.
Entre as atividades musicais, há um
auditório-estúdio. “As atividades musicais que acontecem aqui são
gravadas com qualidade de CD”, conta Guga. Outra novidade é uma
webrádio (www.radiodavila.com.br) que apresenta o acervo montado a
partir dessas apresentações. “Conseguimos organizar uma programação
contínua para alimentar a webrádio. Temos samba, choro, jazz
instrumental, hip-hop, rock e tem muito espaço para MPB e para cantores
com trabalhos autorais”, explica Kiki.
Os dois são musicistas e
moradores da Vila. Eles também realizam uma festa baiana que, como
conta Guga, é um sucesso. Ela acontece no primeiro sábado do mês,
durante toda a tarde e reúne comida e músicos baianos.
Independente
da forma de arte que se busca, o centro cultural acolhe toda a família.
“A ideia é de que nosso espaço não seja um lugar de consumo apenas, mas
um lugar de produção de conteúdo”, Guga finaliza.