Verão 2008, uns e outros

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Será que poderíamos esperar um início de ano melhor que esse? O verão veio forte e sem chuvas como querendo nos avisar um tempo de bonança. Uma trégua astral. O QUE NÃO QUER DIZER QUE TODOS COMPREENDAM ASSIM. Tem sempre aqueles que enxergam sinais trocados em tudo. Por exemplo, já me disseram que esse aumento de impostos foi uma medicação alopata exagerada para curar uma inflação resistente, sem levar muito em consideração o estado geral do paciente. Quer dizer, estão prevendo tempestades para breve.
Portanto, digo claramente que nem os sinais da natureza são capazes de influenciar esses empedernidos. “Já pensou no quilo de feijão a sete reais?” Retruca um observador da economia doméstica. Para em seguida dizer que o povo não sobreviverá. Mas esse ano é de Oxum. Ano das águas. Por isso da paz e da concórdia mais faceira, tentando demovê-lo. Isso não enche barriga não, moço. Com um ar de personagem Nelson rodriguiano, fanático da objetividade. Reconheço que fica tudo mais difícil quando não há sensibilidade.
E ainda temos quem tenha esmiuçado o calendário para descobrir que não teremos feriados prolongados durante todo o ano. Isso é mais do que um mau presságio, e um ano desconfortável, apropriadíssimo para um sofrimento sem fim. Mas teremos eleições municipais quando discutiremos o futuro das nossas cidades. Vocês acham pouco? Isso não os anima? Pois estou mais que animado para enfrentarmos esses trezentos e tantos dias que temos pela frente. Além do que a numerologia indica, que dois mil e oito é dez e, portanto, dígito um. Renovação e novas lideranças. Feliz Ano Novo!

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