Sempre é hora de começar

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Diz-se que o envelhecimento está associado a uma variedade de limitações físicas e psicológicas. Não é raro que isto dificulte o desempenho de certas atividades. Dependendo da motivação de cada indivíduo e as próprias circunstâncias ambientais, a qualidade de vida da pessoa fica significativamente comprometida. A dança pode contribuir para retardar o processo de envelhecimento e resgatar a auto-estima daquelas que já entraram ou estão prestes a entrar na terceira idade.
A dança como atividade física garante a manutenção da força muscular, principalmente de sustentação, equilíbrio, potência aeróbica e movimentos corporais totais, promovendo uma mudança do estilo de vida em quem a pratica. Segundo a bailarina e coreógrafa, Fátima Victor, é importante que se trabalhe toda a questão postural para que não se perca a mobilidade, coordenação motora e auto-estima no decorrer do tempo. “Eu diria que completar 40 anos pode ser um divisor de águas na vida de uma mulher. É a hora de se tomar uma atitude radical em relação ao corpo e mente. Caso contrário, vai descer a ladeira rapidinho”, brinca, mas sem perder a razão.
Para ela, sedentarismo, estresse e má alimentação são os principais inimigos de quem quer se manter bela e com saúde por muitos e muitos anos. Aulas de alongamento com dança, com uma hora de duração, duas vezes por semana, podem ser uma boa receita para prevenir os malefícios da idade. “Flexibilidade está totalmente relacionada à vida. Vide as crianças quando nascem”, compara.
Fátima, que dá aulas desde 1987, não se conforma com a idéia de que as jovens senhoras tenham que se contentar em freqüentar bailes da terceira idade e dar “dois passos para cá, dois para lá”. “A aula de dança não tem o propósito apenas social, mas sim de oferecer um corpo melhor para a pessoa”. Prova disso, é Lílian Skaf Dolacio, aluna de Fátima há mais de dez anos.
Ela lembra que já era casada e com filhos, quando sofreu um acidente na piscina de sua casa que a deixou de cama por dois anos devido ao deslocamento na coluna. “Nesta época achava que estava velha para começar a fazer balé clássico. Foi quando conheci a Fátima e seu método de ensino transformou minha vida. Passei a ter uma nutrição mais sadia, mais disposição e bem estar, refletido no convívio com a família e amigos”, afirma Lílian, ressaltando que Fátima transmite tamanha energia que a aluna se sente na obrigação de corresponder pelo menos 50%. “Eu era super rígida. O que você vê hoje é fruto de trabalho”, finaliza.

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