Sai tranca rua

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Relendo meus últimos artigos neste guia, entendi porque algumas pessoas me saudaram friamente nas minhas andanças pelo bairro. Até minha fração corintiana que deveria comemorar minha passagem pela maneira como o timão está se reerguendo, foi fria. Em resumo, meu papo não esta agradando. Falava sobre o trânsito de uma maneira ácida, coisa que, à princípio, não era meu estilo. Depois como explicar que o fusca amarelo ‘môfo’, que o Mineiro comprou para alternativa a sua lendária moto, era um erro de cidadania. Bartô e Rafael com seus respectivos estacionamentos, uma grande quantidade de amigos com oficinas mecânicas e os frentistas de postos de gasolina. O Pessoa com a sua borracharia. A rapaziada sonhando com seu primeiro carro e todos sonhando, rapazes e moças, com os românticos passeios que os veículos propiciam. Em outro tempo tivemos, na Vila, um acidente preocupante envolvendo carro. Não sei se muitos ainda lembram, mas deve ter ficado um trauma, quando Dr. Ronaldo Duarte, irritado com a freqüente ocupação da sua porta, uma casinha geminada da Wisard, entre a Harmonia e a Girassol, ordenou a seu fiel escudeiro, finado Piriri, que comprasse uma boa quantidade de gasolina no posto da Fradique. Ao retornar com a encomenda, embeberam um Galaxy Landau de combustível e tocaram fogo. O luxuoso automóvel ardeu até as cinzas, para fúria do seu proprietário, espanto dos moradores e prisão do Dr. Ronaldo. Não. Eu não tenho nada contra o automóvel. Tenho e preciso de carro. A minha questão é que precisamos disciplinar melhor o seu uso. Ter uma política de trânsito que seja capaz de gerenciar o tráfego, de maneira que a função primeira dessa invenção humana, a velocidade, seja restaurada. Do contrário, só as forças superiores poderão nos ajudar. E aqui vai minha palavra mágica: “Sai tranca rua”. Preciso chegar nos meus compromissos.

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