Homenagem aos gatos

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Há séculos, o gato é um animal que desperta amor e ódio. No Egito antigo, ele era venerado como deus, foi pintado e desenhado inúmeras vezes e até transformado em esculturas. Na Europa cristã, também era admirado – até a Idade Média, quando foi considerado uma criatura diabólica e queimado junto com “mulheres bruxas”. Hoje, a história felizmente mudou, o mundo evoluiu e o gato é adorado e compreendido por milhões de pessoas em todo o mundo.
Vicky Dolabella é uma dessas pessoas. “A beleza do gato me atrai, ele é muito sensual. E tem uma independência maravilhosa, ele gosta de você mas não fica te cobrando atenção, é uma amizade sincera. Ele é honesto nos seus sentimentos. Também é uma companhia silenciosa, que me inspira nos movimentos… Na natureza não tem um bicho que tenha tanta flexibilidade como ele”, diz ela.
Nascida na Alemanha, no meio de 50 gatos, sua paixão pelo bichano foi “instantânea” e se mostra presente em toda sua vida. Aos dois anos de idade ela ganhou seu primeiro gato, Antonio. Ainda menina, descobriu que brincar com os gatos era melhor que brincar de boneca. “As bonecas ficavam paradas, era meio sem-graça, não faziam o que eu queria… Já os gatos brincavam comigo e ao mesmo tempo eles faziam muitos movimentos e eu, que sempre gostei de desenhar, acabei pegando os gatos como meus modelos”, conta. Artista plástica, designer e publicitária, ela levou para sua vida profissional sua paixão.
Depois de morar também na Itália, Vicky voltou ao Brasil e resolveu abrir uma loja para mostrar seu trabalho. Nasceu então a Galeria do Gatto, uma loja que não vende gatos, nem ração. “Muita gente pensa que a gente vende ração, pratinho para gato, mas vendemos o conceito gato”, explica Vicky. Cada objeto, quadro, baralho, almofada, estatueta ou roupa da Galeria tem uma alusão ao bichano. “Isso é muito comum na Europa, as Cat’s Galleries, não são para os gatos, mas para os amantes desses felinos. Tem uma em Milão, na Itália, outra em Dusseldorf, na Alemanha, mas eu me inspirei mesmo foi numa loja que vi em Praga, na República Tcheca, que tinha tudo de gato: jogo americano, prato, cinzeiro, bolsa, camiseta, saia, bolsa, bijuteria”.
Todas as peças da Galeria do Gatto são exclusivas, não tem nenhuma igual à outra. E Vicky também aceita encomendas. “Já recebi encomendas de lixeirinha, vasos enormes de jardim, também já pintei paredes de apartamento – as encomendas são inusitadas e geralmente de pessoas também apaixonadas”, conta ela. “Mas já aconteceu de um arquiteto me pedir para pintar uma parede com gatos e de tanto me ouvir falar acabou gostando da idéia e hoje já cria o bichinho”, ela diz empolgada.
Além de gostar dos bichanos, Vicky também demonstra sua preocupação com eles num trabalho voluntário. Junto com outras pessoas, ela participa do site www.adoteumgatinho. com.br e desenvolve peças para vender e angariar fundos para tratar de gatinhos abandonados, doentes, famintos ou simplesmente maltratados.

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