Reabrindo a temporada de espetáculos teatrais do Galpão Raso da Catarina, o Núcleo 35 de Teatro convida para a terceira temporada do espetáculo “O Capeta em Caruaru”, uma comédia de Aldomar Conrado, dirigida por Sérgio de Azevedo.
Escrito em 1967, “O Capeta em Caruaru” foi premiado pelo Serviço Nacional de Teatro (SNT) no mesmo ano. No ano seguinte, foi encenado no Rio de Janeiro, pelo diretor Amir Haddad e contava em seu elenco original com José Wilker, Carlos Vereza e Renata Sorrah, entre outros.
A história se passa em Caruaru, cidade do interior de Pernambuco, onde por meio das maldições de três bruxas escocesas que estão de passagem pelo Brasil, os irmãos gêmeos são separados de suas mães. Anos depois, antes do reencontro desses gêmeos, que provocará a maior confusão na cidade, uma série de fatos estranhos e fantásticos enlouquece a população local. “O espetáculo é divertido, ágil, e exige da encenação e dos atores muita habilidade para se obter o fluxo alucinante solicitado pelo autor” diz Sérgio.
Além da intensa pesquisa sobre o universo do Brasil Sertanejo, os atores passaram pela preparação de Roberta Forte, integrante do grupo Barbatuques. “A nossa concepção é que o espetáculo conte exclusivamente com música orgânica (percussão corporal e canto) para contextualizar o universo sertanejo”, diz Roberta.
O cenário foi especialmente desenvolvido pela artista plástica Nanete Azevedo, especializada em arte primitivista (também conhecida como arte naif). “Nanete conhece como ninguém o universo que vamos representar no palco. Antes de ser um cenografia, os painéis são obra de arte que mostram um pouco da dureza e alegria do sertanejo”, acrescenta o diretor do espetáculo.
“O Capeta em Caruaru” fica em cartaz no Galpão Raso da Catarina até 24 de junho. Sábados, às 21h, e domingos, às 19h. Os ingressos, a 10 reais, estão a venda na bilheteria do teatro, sempre uma hora antes do espetáculo.