Brinquedos seguros

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Nada melhor e mais importante para as crianças do que brincar. Os brinquedos ajudam a desenvolver a imaginação, a coordenação motora, os sentidos e os instintos. No entanto, todo cuidado é pouco ao dar um brinquedo ao seu filho. Os pais devem atentar para a segurança dos brinquedos, bem como a que faixa etária ele se destina.
Os brinquedos não devem ter pontas ou extremidades cortantes e partes ou peças pequenas que possam se desprender com facilidade e provocar acidentes. Também não podem ser fabricados ou pintados com material tóxico, uma vez que as crianças costumam desmontá-los, colocando-os, geralmente, na boca, no nariz e nos ouvidos, aumentando a probabilidade de riscos de asfixia, inalação ou intoxicação por via oral, o que pode transformar os brinquedos em verdadeiras armadilhas se não forem bem projetados.
Esses detalhes, que parecem mínimos, são tão importantes que, desde 1988, o processo de avaliação da conformidade de brinquedos no Brasil, através da Portaria Inmetro 177, tornou compulsória a certificação de brinquedos fabricados e /ou comercializados no País, devido à importância de se preservar a saúde e a integridade física das crianças enquanto estão brincando. O processo de certificação demonstra, com adequado grau de confiança, que o produto atende a requisitos mínimos de segurança, estabelecidos em uma norma ou regulamento técnico, o que é demonstrado através de ensaios em laboratórios competentes, conduzido por um certificador reconhecido pelo Inmetro. Entretanto, o fato do produto ter sua conformidade avaliada, não exime o fornecedor da responsabilidade pela sua qualidade. Aqueles que levam o selo de conformidade são periodicamente avaliados e, se for comprovado que o fabricante desrespeitou a norma, seu certificado pode ser suspenso ou revogado.
Sueli Gondim, proprietária da Fábrica – Idéias para crianças, diz que antes de comercializar qualquer brinquedo observa se ele tem o selo do Inmetro. “Isso é super importante porque significa que passou por uma fiscalização. Quando é um artesão que faz, procuro saber qual é o material e como o brinquedo é feito, se tem cola, prego ou parafuso. Se têm peças pequenas que podem se soltar quando a criança manuseia. Neste caso, indicamos para uma idade em que a criança pode brincar e que tenha consciência do que está manuseando”. Sueli acrescenta que quando a criança é muito pequena deve ter um adulto a supervisionando constantemente.
Débora Chvaicer, proprietária da Pindorama – Brinquedos Educativos, também explica que a maioria dos brinquedos vendidos na loja possuem selo do Inmetro. Ela acrescenta que atualmente, o Brasil segue o padrão de normas do Mercosul, que é bastante exigente, sendo o brinquedo importado ou de fabricação nacional. “De alguns anos para cá, os pequenos artesãos, que na verdade são a maioria dos fornecedores de brinquedos educativos, estão se adequando às normas do Inmetro, que é extremamente exigente. A Abrine (Assoc. Brasileira de Brinquedos Educativos) tem cumprido um importante papel na discussão e orientação destes pequenos fabricantes”.
Débora cita outro detalhe importante: muitas pessoas confundem a recomendação de idade que consta no selo do Inmetro com a idade para qual o brinquedo é recomendado em termos de adequação à fase de desenvolvimento da criança (esta recomendação deve ser sempre igual ou superior à idade recomendada pelo selo do Inmetro). “Na Pindorama, os brinquedos são divididos por faixas etárias para facilitar a escolha do cliente. Nossa preocupação em relação à segurança volta-se principalmente para os brinquedos destinados à crianças de até três anos de idade e, neste caso, o selo do Inmetro é muito importante. Nenhum cuidado substitui, no entanto, o bom-senso dos pais e responsáveis, que devem estar sempre atentos aos brinquedos oferecidos. Brinquedos de madeira, por exemplo, devem ter pontas arredondadas para não machucar crianças pequenininhas, bonecos de pano não podem soltar as costuras, os olhos, as orelhas; da mesma forma como cuidamos para que a criança esteja segura em todos os lugares que freqüenta, sempre atentos aos perigos oferecidos pelos objetos presentes e pelo ambiente”, completa.
Portanto, antes de dar um brinquedo a uma criança, fique de olhos abertos. Brinquedo bom é aquele que oferece segurança.

Ao comprar um brinquedo os pais devem tomar certos cuidados:

a) Exija o selo de identificação da conformidade ou selo de certificação. Ele demonstra que o produto atente a requisitos mínimos de segurança estabelecidos em normas e regulamentos.

b) Não comprar produtos no comércio informal, mas sim no comércio legalmente estabelecido. Os produtos comprados no comércio informal, mais baratos, na quase totalidade dos casos, são produtos irregulares, falsificados e podem contar substâncias tóxicas na sua composição. Exija sempre a nota fiscal do estabelecimento onde comprou para que haja responsabilidade social em caso de acidente ou defeito no produto.

c) Antes de entregá-los às crianças, leia atentamente as instruções de uso, que orientam quanto ao uso seguro do produto. Cuidados especiais devem ser observados na retirada das embalagens, que podem ter grampos metálicos, papéis com tintas inadequadas, etc.

d) Particularmente para brinquedos, deve ser dada atenção à faixa etária recomendada para o produto. Peças pequenas, em especial, são muito perigosas se usadas por crianças com idades inadequadas.
Em caso de acidentes de consumo, relate seu caso no site do Inmetro: http://www.inmetro.gov.br/consumidor/acidente_consumo.asp.

Fonte: http://www.inmetro.gov.br/ouvidoria/index.asp

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