Luísa cresceu rodeada de músicos. Desde a infância, quando morava em um sítio, ouvia todos os estilos musicais e conviveu com pessoas que muito contribuíram para sua vocação de cantar, como seu pai, Amado Maita. Aos 24 anos e com um brilho único, Luísa trilha carreira solo, e seu talento poderá ser conferido nos palcos do Teatro Brincante, em 19 e 26 de junho.
Com repertório que mistura clássicos da MPB, composições de autores menos conhecidos e canções de sua própria autoria, a cantora mostra, no show, músicas que fazem parte de sua história pessoal e que foram responsáveis por ela ter decidido cantar.
A simpatia foi um dos ingredientes que a levaram por caminhos promissores. Luísa participou de diversos festivais estudantis, fez parte do Coralusp e do Coral Profissional Lírico da Congregação Israelita Paulista. Atualmente, estuda no Espaço Musical, escola de Ricardo Breim e é integrante dos grupos Urbanda e Trovadores Urbanos. “O show é resultado de todo esse envolvimento musical”, afirma.
Nos últimos anos, Luísa conheceu e interpretou a obra dos grandes sambistas e compositores brasileiros, apresentando-se como solista nos projetos “Samba da Benção”, no teatro Arthur de Azevedo, e “MPBAR”, no Teatro Folha, além de fazer participações especiais em discos de Jair Rodrigues, Daniel Taubkin, Fernando Falcão, Alexandre Birkett.
“Uma pessoa que me influenciou bastante foi o Daniel Taubkin, que é meu tio. Ele lançou alguns discos nos Estados Unidos e passei a cantar com ele. Foi uma escola, pois é um músico talentoso, tem um jeito muito bacana de arranjar as músicas e encontrar uma interpretação”, conta. Depois dessa experiência, Luísa formou o grupo Urbanda, mas a vontade de fazer um trabalho diferenciado foi forte.
Luísa procura interpretar as músicas a partir da essência do compositor. “Quando compõe uma música, ele tem um tipo de sensibilidade, uma visão de mundo que você precisa entender e fazer um arranjo diferente. Sinto que as composições desse show ganharam uma verdade”.
Para ela, é preciso buscar a valorização da música brasileira que tem um certo refinamento. “Quando não é de interesse da grande indústria fonográfica, corre-se risco, mas isso não quer dizer que seja impossível”. E a moça não se intimida: “Há vários caminhos e eu estou procurando não ir pelos pré-estabelecidos. Quando se tem vocação há paixão, isso me move e tenho certeza de que esse rio vai desaguar em algum mar”.
Quem for ao show poderá conferir Luísa interpretando sucessos como “Para Manoel Bandeira”, de Amado Maita; “Anos luz”, de Daniel Taubkin; e “Nega”, de Waldir da Fonseca. Além de algumas música não inéditas, como “Acender as Velas”, de Zé Ketti, e “Curumim”, do Djavan.
Luísa recebeu apoio do Restaurante Martín Fierro, Mestiço, Oficina das Pizzas, Cabelerereiro Bardot, Alberto Ranellucci, Bel Paoliello e Filial.