Jovino Garcia, sócio gerente do Avenida Club, comemorou, no dia 6 de junho, seus 60 anos de vida. A festa, realizada no próprio Avenida, foi animada pela Big Band Tupy, banda carioca formada por 22 músicos e cantores, regida pelo maestro Bruno Rodrigues. O “show para dançar” que a banda fez no Avenida foi uma releitura das músicas dos anos 1960, 70, 80 e 90, incluindo grandes temas do rock’n’roll, da dance music e do reggae.
Jovino nasceu em Águas de Lindóia. Aos 11 anos, começou a trabalhar em hotelaria, como lavador de panelas. Dos 16 aos 18, foi gerente de hotel, ainda na sua cidade natal. Aos 18 anos, mudou-se para São Paulo. Seu primeiro emprego foi como garçom do lendário Gato que Ri, no Largo do Arouche, onde ficou cerca de dois anos. Em 1968, foi trabalhar na noite, de onde nunca mais saiu. Trabalhou como maitrê gerente no Lisboa Antiga, na Abril em Portugal, na Chalaco, na famosa O Jogral, na discoteca Aquarius, no Ópera Cabaré e no Palace. “Tudo veio em conseqüência da minha infância. Como pessoa humilde, fui obrigado a começar a trabalhar com onze anos de idade. Como em minha cidade não havia outro ramo de trabalho, além da hotelaria, é para lá que fui. E felizmente acho que papai do céu me mandou para o caminho certo, porque eu me adaptei, me formei, migrei para uma área similar, que é a vida noturna, e estou neste campo de trabalho até hoje. Para ser gerente das melhores casas é preciso saber um pouco de tudo e se aperfeiçoar em todas as áreas, como administração, cozinha, compras e comando de equipes. Por isso sempre fiz muitos cursos. O grande segredo disso tudo é trabalhar muito e sempre estar preocupado em aprender”, diz Jovino.
Em 1984, ele foi convidado para inaugurar o Rádio Clube, na rua Pedroso de Morais. Dois anos depois a casa passou a se chamar “Avenida Club”, com Jovino como sócio gerente. Segundo ele, a melhor coisa foi quando deixou de comandar a casa dos outros para comandar a dele. “Já coisa ruim é quando aparece um cliente chato que não quer pagar a conta. O resto é só alegria”, se diverte. Ele diz ainda que jamais pensa em deixar o Avenida, que é sua segunda casa. Há sempre novos projetos em andamento porque, segundo ele, a noite muda muito. “É necessário estar sempre criando e pensando à frente para manter nosso público e, claro, conquistar nossos clientes. Queremos fortalecer cada vez mais a programação de shows e dança nas sextas e sábados e para os outros dias temos, cada vez mais, programações variadas e instigantes. É só conferir”, completa.
Jovino, que em 1999 recebeu o título de Cidadão Paulistano por sua contribuição à noite de São Paulo, diz que é muito grato por trabalhar nesta área. “São Paulo tem a melhor noite do País. Felizmente faço o que gosto. Na noite não há estresse, não há correria e é tudo mais tranqüilo. A noite é diversão, prazer, amor e alegria. Gosto sempre de contar que já fui convidado para cerca de 50 casamentos – sete deles como padrinho – de casais que se conheceram no Avenida Club. Isso sem contar um outro casamento em que fui sem ser convidado mas também sem ter penetra: o meu próprio casamento, já que minha esposa, a Cláudia, conheci no próprio Avenida”, finaliza.