Memórias corinthianas

0
1310

Kelly Monteiro

Há quem diga que política, futebol e religião não se discutem. Dom Paulo Evaristo Arns contraria esta regra. Ele é o próximo convidado do Autor na Praça, realizado no Espaço Plínio Marcos, na praça Benedito Calixto.
Na semana em que comemora seu aniversário, 14 de setembro, o Cardeal Arns irá autografar o livro “Corintiano Graças a Deus”, recém-lançado pela Editora Planeta, onde revela sua paixão pelo Corinthians. Nascido no município catarinense de Forquilhinha, ganhou a primeira bola de futebol aos cinco anos. Antes, jogava com bolas feitas das meias velhas da mãe, como zagueiro. Em 1945, concluídos os estudos filosóficos e teológicos, foi ordenado padre em Petrópolis, no Rio. Dez anos depois, tornou-se bispo em São Paulo. Recebeu mais de 120 títulos e prêmios no Brasil e exterior por sua luta pelos direitos humanos. Em 1998, aposentou-se por força da lei eclesiástica, sem jamais ter se afastado de seu empenho pelas causas humanitárias.
Em “Corintiano Graças a Deus”, o arcebispo emérito de São Paulo mostra que a sobriedade esperada de um religioso pode ser perfeitamente conciliada com os furores causados por um dos esportes mais passionais do mundo. Partindo de sua paixão alvinegra, dom Paulo faz delicadas e surpreendentes crônicas sobre seu amor ao clube, seu fascínio pelo futebol e sua convicção de que, apesar das diferenças de credo ou ideologias, um único propósito pode unir todos os homens: a justiça social. O livro revela histórias pitorescas, como o pedido feito pelo Cardeal ao papa Paulo VI, para que São Jorge, padroeiro do Corinthians, não tivesse seu título cassado por um reordenamento do calendário oficial da liturgia, afinal a popularidade do santo entre os torcedores é grande.
No mesmo dia, Evanize Sydow, jornalista, pesquisadora da Rede Social de Justiça e Direitos Humanos e editora da revista eletrônica Página da Música, autografa o livro biográfico “Dom Paulo um homem amado e perseguido”, escrito em parceria com Marilda Ferri. Também em setembro, no dia 18, Rinaldo Fernandes autografa os livros “Chico Buarque do Brasil”, “O Clarim e a Oração: cem anos dos Sertões” e “O Caçador”.

SEM COMENTÁRIOS

DEIXE UMA RESPOSTA