Domingo de festa

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Kelly Monteiro

Sol. Calor. Música. Agitação. Gente, muita gente. Assim estava o domingo, dia 22 de agosto, em que foi realizada a 27ª Feira da Vila Madalena, evento que, literalmente, pára o bairro.
Mais do que tradicional, a Feira já é referência para quem busca diversão. É um dia propício para conhecer o que os artesãos e artistas plásticos do bairro, da cidade, do interior do Estado e mesmo de outros lugares do Brasil estão produzindo. Não só conhecer é claro, mas comprar, comprar muito! Foram cerca de 600 expositores e o que se via era a movimentação constante em todas as barracas. De quadros pintados a óleo à peças feitas com palitos de sorvete e de copinhos de bambu, velas de vários tipos e artesanato em ferro, crochê e diversos materiais, não faltaram opções para os curiosos. Algumas organizações não-governamentais, sempre importante em um evento desse porte, também participaram. Entre elas, a Cia. do Bicho, que com a venda de camisetas e adesivos busca implementar projetos de proteção aos animais, assim como o Quintal de São Francisco, também presente na Feira. Destaque ainda para a Federação de Bandeirantes do Brasil, com sede em Pinheiros, e para a Associação Sítio Agar, que cuida de crianças portadoras de HIV.
Depois de conhecer estes e vários outros trabalhos, uma paradinha para apreciar o que estava rolando nos palcos era indispensável. Mais de 35 bandas se apresentaram durante todo o dia nos palcos Sujinho, Fidalga e do Chorinho, na esquina das ruas Fradique Coutinho e Purpurina. Este último foi um dos palcos mais concorridos, afinal resgatou o espírito da Feira da Vila, com música popular brasileira da melhor qualidade. Novidade nesta edição do evento.
Pelas ruas circulavam grupos de dança das mais diversas origens: o “Coco”, por exemplo, é uma dança popular de origem africana. Um grupo de Bumba Meu Boi abria espaço entre a multidão, admirada com a riqueza da cultura brasileira, nem sempre valorizada. Os meninos da Associação Eremim deram um show à parte. Com seus tambores, eles chamaram a atenção para este núcleo de ação social que foi criado em 2002, a partir de uma pesquisa com as famílias do bairro Rochdale. A maior parte destas famílias veio do Nordeste e com a criação do Eremim, passaram a ser desenvolvidas atividades artísticas e culturais visando o fortalecimento da cultura popular do Estado de origem.
A bateria da Pérola Negra, a escola de samba do bairro, também desfilou entoando o tema da Feira – “Que porra é essa?” -, música do bloco “Sacuda Vila”, que completou 20 anos em 2004. E a criançada, como sempre, pôde se divertir à vontade na Rua das Crianças, que este ano estava mais colorida e com mais opções de lazer: shows de palhaços, oficinas, brincadeiras e muitos contadores de história que atiçaram a imaginação dos pequeninos.
Enquanto tudo isso acontecia, o Guia da Vila Madalena reunia amigos, clientes e parceiros (veja Gente Especial) no Espaço Madalena. Ao som do conjunto Conexão Instrumental, foi um momento de descontração e encontro daqueles que contribuem para o sucesso da publicação que mais se destaca no bairro. A animada troupe da Cia. Abracadabra, liderada por Olney D’Abreu, e os DJ’s Danilo Rodrigues e Edvaldo também agitaram a festa, onde deliciosas comidinhas e bebidas estavam sendo servidas. Quem queria relaxar aproveitou as sessões de massagens e pôde visitar a exposição dos cartunistas Paulo Caruso, Ângelo Shuman, Geep e Maia. Colaboraram para o sucesso do Espaço, a Cachaça itaguacú, os restaurantes O Gordo e o Magro, Suruí e Sushi Bayano; Empório Zen, Empórium Santa Madalena, Dr. Chopp, Padaria Euroville e DeMarchi Distribuidora.
Agora, é só esperar pela próxima Feira da Vila, que já faz parte do calendário de eventos da cidade.

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