O som criativo de Fi Bueno

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Foto: Tiago Gonçalves

Tiago Gonçalves
Fi Bueno na Escola Casa da Música na Vila Madalena

Músico desde a adolescência, Fi Bueno tem uma trajetória que passa pelo forró e outros estilos musicais além de se dedicar à formação de outros músicos com a Escola Casa da Música.

Fi Bueno é o nome artístico de Filipe Bueno. “Sempre me chamaram de Fi e foi natural deixar o Filipe e ser Fi!”, explica com seu jeito tranquilo, o músico que começou a carreira aos 15 anos. “Fazia percussão, violão e guitarra e dava aulas de forró no KVA e em outros lugares aqui na cidade”.

Além de músico, Fi também dançava bem e graças ao seu talento, conta que ganhou vários campeonatos. No forro, participou de duas bandas: a Banda Bagana e Forrozeando. Enquanto forrozava também se dedicava ao estudo e aprimoramento de seu instrumento preferido, o violão, em aulas em um conservatório.

Além do conservatório musical, se formou em Letras na Universidade São Paulo (USP). Tece críticas às faculdade sde música e diz ter um certo preconceito da forma com que elas ensinam a música. “Elas [as faculdades de música] são estruturadas para música erudita e aí funcionam bem. Por outro lado na música popular estão formando professores e críticos, mas não músicos artistas. Quem toca na noite aprende na raça. O segredo da música não está nas faculdades”, afirma.

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Além da carreira como músico, Fi Bueno também sempre gostou de ensinar música e foi assim, como professor, que ele entrou na Casa da Música.Posteriormente surgiu a oportunidade de virar dono e não perdeu a oportunidade. Orgulhoso, faz questão de citar que “Nossos professores são músicos profissionais como o pianista e tecladista Marcelo Maita, que acompanhou por mais de 15 anos Jair Rodrigues e outros artistas de renome do cenário brasileiro. Outros professores da escola participam de bandas de artistas do quilate de Ivete Sangalo, Seu Jorge, Criolo e outros. Entre os professores da escola, Fi destaca alguns deles, “A Rita Bastos, cantora e baixista e filha da Vânia Bastos e a Malí, cantora e baixista que está gravando seu segundo disco. Só top!”, frisa.

Fi Bueno conta que excursionou pelo Brasil e pelo exterior com seu trabalho ou acompanhando outros artistas e bandas. Com composições autorais ele lançou dois CDs e um DVD que podem ser conferidos em YouTube/Fi Bueno (Oficial). O CD “Lançar no Mar” foi lançado em 2010 e em 2013, foi a vez do CD “Acredite na Vida”. O DVD “Fi Bueno ao Vivo” foi gravado em 2015 e ele já prepara um novo trabalho. Tem parcerias com o produtor musical Guto Graça Melo e a compositora Anastácia, que conheceu no início de 2018. Sobre ela, diz que “temos uma identificação muito grande e estamos trabalhando muito e em breve teremos novidades!”. No cinema, Fi Bueno conseguiu incluir a música “Catumbela” na trilha do filme “Morto Não Fala”, da Globo Filmes que ainda não foi lançado no mercado.

A história de Fi Bueno tem muita ligação com a Vila Madalena. “Nasci na Teodoro Sampaio com a Mourato Coelho. Aos dois anos vim morar na Praça Guido Cagnassi e me considero parte da história do bairro. Conheci e convivi com o Dr. João Paulo, que era dono de terrenos na região”.

Enaltece a vocação musical da Vila Madalena “espaços para todos os estilos”. Na Tupi or not Tupi fez a apresentação de final de ano de sua escola e avisa que, em breve, vai fazer um show por lá. Muitas novidades vêm por aí! (Gerson Azevedo)

Escola Casa da Música, Rua Isabel de Castela, 416, Telefone 3031-9934 e 3097-0638, http://damusica.casa/, YouTube/FiBueno (oficial)

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