Vida exemplar

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Milton Sartoretto nasceu em Bebedouro (SP)

Milton Sartoretto nasceu em Bebedouro (SP), mas saiu de lá com 18 anos e veio para a capital, em 1948. Sozinho e longe da família, o jovem morou em pensão e trabalhava como bancário durante o dia e à noite cursava o colegial.
No ano de 1951, ingressou na Faculdade de Farmácia e Odontologia da Universidade de São Paulo e recebeu o seu diploma de dentista em 1953. Naquela época, o curso de odontologia tinha três anos de duração. No mesmo ano em que ingressou na USP, Milton começou a frequentar a Vila Madalena, onde conheceu a jovem Fátima Justo, que viria a ser sua esposa.
Um de seus sonhos era ser aviador da Força Aérea Brasileira. O tempo era de guerra e a mãe o convenceu a não seguir a carreira de piloto. Mas a vontade de voar sempre esteve presente em sua vida. Sempre que podia, fazia voos em pequenos aviões, ultraleves e outras máquinas voadoras, conta o filho José.
No início de 1954, ele mudou- -se para a casa de número 991 da Rua Fradique Coutinho. No mesmo ano, a convite do padre Olavo Pezzotti, que criou um ambulatório para atender a população carente da região, Milton passou a ser o responsável pelo setor odontológico do Ambulatório São Miguel, e atendia os pacientes no período noturno.
Seu primeiro consultório foi montado na Rua Fidalga, 317, em agosto de 1954. Anos depois o transferiu para a Rua Aspicuelta, 361, onde passou a morar depois do casamento com dona Fátima. O casal teve quatro filhos: Milton, José, Luis e Paulo. Com os filhos crescidos, a família mudou-se para o Jardim Bonfiglioli, enquanto o consultório permaneceu na Vila Madalena, onde está até hoje.
Em 1958, entrou na carreira pública. Na parte da manhã, atendia os pacientes do Grupo Escolar 28 de Julho, em São Caetano do Sul, região metropolitana de São Paulo, e à tarde e noite, no consultório da Vila Madalena. Foram 32 anos de atuação na Vila Madalena. Ele deixou a odontologia no final de 1986. O filho José J. Sartoretto, que durante um ano cursou engenharia, resolveu estudar odontologia e desde 1984 é quem comanda a clínica inaugurada pelo pai. “Ele não queria que eu fizesse odontologia. Achava que era uma profissão muito sacrificada. Mas era o que eu queria”, diz o filho José.
O Dr. Milton Sartoretto faleceu no dia 8 de novembro último. Era viúvo e deixou quatro filhos e sete netos, além de inúmeros amigos que fez na vida, muitos deles na Vila Madalena.

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